André Luiz Parada, de 23 anos, que morreu após um ônibus bater em um carro e arremessá-lo da ponte Rio-Niterói no domingo (23), havia acabado de abrir uma pizzaria e estava prestes a ganhar o primeiro filho. O microempresário teve um problema em seu carro e desceu do veículo para ver o que estava ocorrendo. O ônibus que vinha logo atrás bateu na traseira e jogou o rapaz da ponte, de uma altura de 50 m, na baía de Guanabara.
Outros dois amigos, que também estavam no local, tiveram ferimentos leves. Um deles estava ao lado do carro e, o outro, dentro do veículo.
O motorista do coletivo disse que não teve como evitar o acidente.
— Estava vindo na ponte, me deparei com o carro parado e não deu para tirar. Bati, encostei nele [o carro], ele rodou e jogou o cara lá dentro. Eu não tive culpa. Não tinha sinalização, ele não estava com o alerta ligado, não tinha sinalização nenhuma. Foi uma situação muito chata.
Sobreviventes
Em abril de 2014, a mecânica Isabel Cristina Anacleto, de 39 anos, também foi arremessada na baía quando tentava consertar um problema no veículo. Ela saiu com vida do acidente.
No mês de março do mesmo ano, Marina Pinto Borges, de 22 anos, atravessava a ponte quando o carro bateu na mureta de proteção da via. Depois de capotar várias vezes, o veículo caiu. A queda ocorreu no vão central, parte mais alta da ponte, com mais de 50 m de altura. Marina estava sozinha e só conseguiu sair do carro porque, com o impacto na água, a porta do veículo abriu e ela nadou por mais 200 m antes de ser resgatada por uma embarcação.