Laudo acusa hemorragia pulmonar como causa da morte de fã que desmaiou em show de Taylor Swift
A polícia ainda não sabe se o quadro foi provocado por calor extremo ou outro motivo. Análise complementar foi solicitada
Rio de Janeiro|Do R7, com Record TV Rio
Um laudo preliminar do exame de necrópsia no corpo da jovem Ana Clara Benevides, de 23 anos, registrou hemorragia pulmonar como a causa da morte. A fã da cantora Taylor Swift passou mal durante o show da artista no Engenhão, na zona norte do Rio de Janeiro, no dia 17 de novembro, e não resistiu após ter sofrido uma parada cardíaca.
A polícia ainda não sabe se o quadro foi provocado por calor extremo ou outro motivo e, por isso, solicitou um laudo complementar para esclarecer o caso. A 24ª DP (Piedade) está à frente das investigações e deve receber o resultado dos exames em até 30 dias.
"Um dos efeitos da insolação é a hemorragia pulmonar. Isso é um indicativo. O IML não pode afirmar no momento que a Ana Clara morreu de insolação", explicou a delegada Juliana Almeida.
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A jovem recebeu o primeiro atendimento ainda no estádio. Equipes de brigadistas e paramédicos socorreram a jovem, segundo os organizadores do evento. Diante do quadro de saúde, ela foi levada para o Hospital Salgado Filho, no Méier, na mesma região.
Ana Clara chegou ao hospital com parada cardiorrespiratória, de acordo com informações da unidade de saúde. Os médicos tentaram manobras de reanimação, mas a paciente não resistiu.
O corpo da jovem foi levado para o município de Sonora, em Mato Grosso do Sul, onde foi sepultado em 21 de novembro.
Depoimento da amiga que acompanhava Ana Clara
A amiga que acompanhava a estudante universitária, no primeiro dia da apresentação de Taylor Swift no Rio, contou que Ana Clara desmaiou de repente quando o show estava na segunda música.
Segundo a delegada, a menina declarou que a colega reclamou do calor excessivo, mas aparentava estar bem e feliz antes do show. As duas teriam se hidratado e alimentado na fila e dentro do estádio.
A amiga de Ana Clara também disse à polícia que ouviu os socorristas usarem a expressão "código azul" durante o atendimento. Ainda de acordo com a delegada, isso significa que a vítima estava em parada cardiorrespiratória.
A paciente teria sofrido algumas paradas cardíacas, inclusive na ambulância, antes de chegar ao hospital, segundo as investigações.
Calor extremo
Fãs que estiveram na mesma apresentação relataram ter sofrido com o intenso calor e a dificuldade de acesso a água no show. No dia 17 de novembro, o Rio havia registrado sensação térmica de 60 °C.
No dia 18, as autoridades anunciaram uma série de medidas para amenizar os impactos do calor sobre o público nas outras apresentações de Taylor Swift durante o fim de semana.
Foi determinado até mesmo que os organizadores liberassem a entrada do público com garrafinha de água que pudesse servir de refil.
No entanto, o show marcado para o dia 18 foi adiado para o dia 20 devido às temperaturas extremas.