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Lava Jato prende procurador do RJ por ilegalidades em obra do Metrô

Renan Saad é suspeito de receber propinas de R$ 1,265 mi para favorecer empreiteira em parecer que autorizava a alteração do trajeto da linha 4

Rio de Janeiro|Lucas Ferreira, do R7*, com Record TV Rio

Renan foi levado à sede PF no Rio
Renan foi levado à sede PF no Rio

A Polícia Federal prendeu na manhã desta segunda-feira (1º) o procurador geral do Estado do Rio de Janeiro, Renan Saad, em São Conrado, zona sul do Rio de Janeiro. O suspeito será levado para a sede da PF, no bairro da Saúde, zona portuária da cidade.

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Renan é suspeito de receber propina para dar um parecer positivo para a mudança do trajeto da linha 4 do MetrôRio. A alteração foi favorável ao grupo de empreiteiras responsáveis pela obra.

De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), a delação premiada que levou a prisão de Saad revelou repasses ao procurador de R$ 1,265 milhão, no total. As investigações apontam que os valores foram entregues entre 2010 e 2012.


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A operação da Polícia Federal também cumpriu mandado de busca e apreensão no escritório de Saad, no centro do Rio.

Para o vice-presidente do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Jaeniro) e corregedor geral do Estado, Rodrigo Nascimento, as irregularidades na construção da linha 4 devem continuar sendo apuradas. Aproximadamente R$ 2,7 bilhões de verba pública podem ter sido desviadas na obra.


“É certo que as robustas irregularidades apuradas nas fiscalizações em curso, o enorme prejuízo e a aparente ausência de soluções concretas até o momento, por parte dos gestores públicos, para a conclusão das obras da linha 4 do metrô, reclamam ações contundentes por parte dos órgãos de controle”, disse Rodrigo.

Em nota, a PGE-RJ (Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro) declarou que colabora com as investigações do MPF e destacou que Saad não fazia parte do órgão no período das acusações do recebimento de propina (leia abaixo a nota na íntegra).


"A Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ) informa que já apura o caso internamente para a adoção das medidas disciplinares cabíveis e que colabora de modo pleno com as investigações do Ministério Público Federal para a apuração dos fatos levantados pela Lava Jato no Rio de Janeiro. A PGE-RJ informa ainda que os fatos dos quais o procurador é acusado remontam ao período em que ele estava lotado como assessor jurídico chefe da Secretaria de Estado de Transportes (SETRANS), nomeado na gestão do ex-governador Sérgio Cabral, cargo do qual foi exonerado em junho 2012."

O R7 entrou em contato com a defesa do procurador que disse que só vai se posicionar após o depoimento dele.

Linha 4

O trajeto do primeiro projeto da linha 4 ligava a estação de Botafogo à Barra da Tijuca, passando pelo Jardim Botânico. Entretanto, o projeto final fez a ligação da zona oeste da cidade a partir de Ipanema.

Inaugurada às vésperas dos Jogos Olímpicos de 2016, a linha 4 conta, atualmente, com cinco estações: Jardim Oceânico, São Conrado, Antero de Quental, Nossa Senhora da Paz e Jardim de Alah.

A sexta estação, na Gávea, deve ter as obras retomadas em breve, já que o TCE-RJ, no último dia 12 de junho, decidiu que o Governo do Estado deveria apresentar um projeto para a conclusão do projeto.

*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa

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