Mãe da menina que morreu após ser baleada em ação da PRF presta depoimento ao MPF, no Rio
Procuradoria investiga a abordagem dos agentes e a presença de um policial à paisana no hospital onde a criança ficou internada
Rio de Janeiro|Do R7

A mãe da menina Heloísa, baleada em uma ação da PRF (Polícia Rodoviária Federal), no Rio de Janeiro, prestou depoimento a procuradores do MPF (Ministério Público Federal), na tarde desta terça-feira (19).
Alana Santos esteve com a filha no hospital, durante os nove dias que a criança ficou internada em estado grave. Após o enterro da menina, ela fez um desabafo nas redes sociais e falou sobre a despedida dolorida.
Além da investigação paralela do MPF sobre o caso, a Polícia Federal e a Corregedoria da PRF também apuram a ação. Na segunda (18), a Justiça Federal negou o pedido de prisão para os três agentes envolvidos na ocorrência, mas determinou que todos usem tornozeleira eletrônica.

A menina, de 3 anos, foi atingida na cabeça e na coluna quando passava de carro com a família pelo Arco Metropolitano, no feriado do 7 de Setembro.
Segundo o pai de Heloísa, não houve abordagem. Mesmo assim, ele iniciou os procedimentos para parar o veículo, ao perceber que estava sendo seguido pela viatura da PRF. Willian da Silva contou que, antes de descer do carro, os tiros começaram a ser disparados.
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De acordo com as investigações, o pai da menina dirigia um automóvel roubado. No entanto, ele afirmou ter comprado o veículo de uma pessoa próxima e negou que tivesse conhecimento da situação do carro.
Também é alvo de investigação a visita de um agente da PRF, no dia 9 de setembro, ao hospital onde Heloísa ficou internada. O policial à paisana foi flagrado em imagens do circuito interno no corredor da emergência pediátrica. Ainda não se sabe o motivo da ida dele à unidade de saúde.
