Mãe diz que policiais atiraram em criança autista morta no RJ: 'Estava segurando a mão do meu filho'
Em um vídeo, ela contou que levava Dijalma de Azevedo, de 11 anos, para a escola quando ocorreu o disparo
Rio de Janeiro|Do R7, com Record TV Rio

A mãe do menino Dijalma afirmou que policiais atiraram contra o filho dela, que morreu baleado em um tiroteio em Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (12).
Em um vídeo, ela contou que levava a criança autista, de 11 anos, para a escola quando ocorreu o disparo.
"Eu estava segurando a mão do meu filho. Só que, quando eu senti que ele caiu, foi um policial que atirou nele todinho, no meu filho. Isso não é justo. Ele é inocente. Estão dizendo que o meu filho é traficante. Ele não é. Ele é especial, tem problema, todo mundo o conhece porque levo ele para o colégio todo dia. Até para o Caps [Centro de Atenção Psicossocial] estava indo, fazendo direitinho o tratamento. Tirou a vida do meu filho, por quê?", desabafou a mãe.
Já o pai, que estava em casa com os outros filhos e ouviu os tiros, contou que os policiais chegaram atirando, e o menino "não teve a reação de correr".
A Polícia Militar informou, por meio de nota, que os agentes foram atacados por criminosos armados durante o patrulhamento e que, após o confronto, encontraram um menor de idade atingido e já sem vida.
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A DHNSG (Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí) investiga o caso e já ouviu os pais da criança, nesta tarde. Os policiais envolvidos no tiroteio devem prestar depoimento, além de ter as armas recolhidas para confronto balístico, segundo informações da Record TV.
A morte de Dijalma gerou protestos na região. Revoltados, populares tentaram atear fogo em objetos e interditar as vias. Duas pessoas ficaram feridas. Uma viatura foi depredada.
A Secretaria de Educação de Maricá manifestou seu pesar pelo falecimento de Dijalma de Azevedo, que era aluno da Escola Municipal Professor Darcy Ribeiro. A pasta prestou condolências e se solidarizou com os familiares e amigos pela perda irreparável.
O instituto Fogo Cruzado, que mapeia a violência no estado, confirmou que Dijalma foi a sexta criança morta na Grande Rio, em 2023. O levantamento mostrou que 15 foram baleadas somente neste ano.