Mais 10 detidos em ação contra milícia no Rio têm prisão revogada
De acordo com o TJ-RJ, seis dos 10 homens colocados em liberdade provisória precisarão pagar fiança; outros 137 presos já haviam sido soltos em abril
Rio de Janeiro|Mariana Pepe, do R7*
A Justiça revogou, nesta quinta-feira (17), a prisão preventiva de mais 10 dos 159 detidos em operação de combate à milícia na zona oste do Rio de Janeiro. Outros 137 presos já haviam recebido liberdade provisória no dia 25 de abril.
A decisão foi do juiz da 2ª Vara Criminal de Santa Cruz, Eduardo Marques Hablitschek, que acolheu um pedido do MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro). No parecer, ele destacou que há indícios fortes de condutas criminosas no local da prisão dos envolvidos.
O magistrado afirmou ainda que cabe ao MP-RJ o pronunciamento sobre a deflagração de eventual ação penal que atribua a cada um dos investigados a responsabilidade criminal devida.
"Como já me manifestei nos autos, a lei brasileira não confere um salvo conduto a quem é primário e ostenta bons antecedentes. No entanto, o próprio Ministério Público, titular da ação penal, não vislumbrou a necessidade da custódia cautelar dos indiciados", escreveu.
De acordo com o TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), seis dos 10 homens colocados em liberdade provisória precisarão pagar fiança no valor de um salário mínimo.
Prisão durante festa
Os 159 homens foram presos durante uma festa que ocorria em um sítio em Santa Cruz. Segundo a polícia, o evento era uma homenagem a Wellington da Silva Braga, mais conhecido como Ecko, investigado por integrar uma milícia na zona oeste da capital. Na ocasião, ele conseguiu fugir.
Durante a operação, quatro homens armados com fuzis foram mortos após troca de tiros com policiais. No local, também houve a apreensão de 24 armas, granada, 76 carregadores, 1.265 munições de calibres variados, coletes balísticos, fardamentos e toucas ninjas, além de 11 veículos.
*Estagiária do R7, sob supervião de PH Rosa