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Manifestação: conflito no centro destruiu 26 dos 28 radares do BRS e cerca de 300 lixeiras

Limpeza da região começou ainda na madrugada; sinais também sofreram danos

Rio de Janeiro|Do R7

Além dos radares, placas do BRS também foram quebradas durante a manifestação de quinta-feira
Além dos radares, placas do BRS também foram quebradas durante a manifestação de quinta-feira

Parte do centro do Rio amanheceu em cacos, no dia seguinte à manifestação que reuniu cerca de 300 mil pessoas nas ruas. Mesmo sem ter finalizado o balanço de prejuízos, a prefeitura contabilizou até as 9h desta sexta-feira (21) que 26 dos 28 radares do sistema BRS de ônibus haviam sido destruídos.

A avenida Presidente Vargas, palco principal dos conflitos entre a polícia e manifestantes, teve sinais de trânsito depredados, além de pontos de ônibus e placas. Até as 9h, a maioria dos semáforos haviam sido consertados. Porém, os sinais em frente à Central do Brasil, seguiam apagados. Segundo o Centro de Operações, houve danos ao sistema do serviço. Agentes da prefeitura trabalham para restabelecer o funcionamento.

Cerca de 300 lixeiras foram arrancadas e usadas como escudo. A limpeza das ruas do centro, que reuniu mais de 1.000 garis, começou ainda na madrugada.

Mais de 60 feridos


Ao menos 62 pessoas ficaram feridas na manifestação. Todas foram atendidas no Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro do Rio. Segundo o último levantamento da Secretaria Municipal de Saúde, nenhuma em estado grave. Cerca de 300 mil manifestantes foram às ruas para cobrar melhor administração do dinheiro público e questionar os gastos com Copa e Olimpíada.

O repórter da Globo News Pedro Vedova foi atingido por um tiro de bala de borracha na testa durante um confronto entre policiais e um grupo de manifestantes em frente à sede da Prefeitura do Rio, na avenida Presidente Vargas, no centro. Em um depoimento, ele contou detalhes do episódio.


— Eu estava fazendo a cobertura do evento, a passeata estava tranqüila, como sempre. Até que um grupo mais exaltado chegou e começou a gritar palavras contra os policiais, que ficaram agitados e a confusão começou. Tentei ficar mais distante, me posicionei atrás de um coqueiro e começaram a atirar, atirar, atirar. Um dos tiros atingiu a minha testa, eu caí atordoado, fui socorrido por uma equipe de segurança que me acompanhava.

O conflito ocorrido em frente à prefeitura foi o primeiro ato de violência registrado na passeata desta quinta no Rio. Em seguida, cenas de vandalismo foram registradas em outros pontos do centro. Um carro da emissora SBT foi incendiado. Uma minoria pôs fogo também em montanhas de lixo erguidas no meio da rua.

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