Manifestação contra reformas do Governo Federal tem tumulto e ferido no Rio
Segundo o COR, manifestantes interditaram vias no centro da cidade
Rio de Janeiro|Do R7

A manifestação contra as reformas da previdência e trabalhista terminou em confronto entre policiais e manifestantes, nesta sexta-feira (30), no centro do Rio. Ao menos um homem ficou ferido na cabeça durante o tumulto. A identificação da vítima não foi divulgada. Não há informações sobre prisões.
De acordo com testemunhas, bombas foram lançadas pela Polícia Militar. Manifestantes atearam fogo em barricadas. Banheiros químicos, pontos de ônibus e lixeiras foram destruídas. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 20h30 para controlar as chamas na avenida Presidente Vargas. No Twitter, a PM informou que o Batalhão de Choque atuou para conter atos de vandalismo e depredação promovidos por mascarados.
O grupo se reuniu por volta das 17h e fechou a avenida Presidente Vargas, na altura da rua 1º de Março. Além de protestarem contra as reformas da previdência e trabalhista, os manifestantes também pediram eleições diretas.

Segundo o COR (Centro de Operações Rio), vias precisaram ser interdidatas na região em razão do protesto. O acesso B da estação Presidente Vargas, do Metrô Rio, também ficou temporariamente fechada.

Estágio de atenção
Desde a manhã, o Rio está em estágio de atenção por conta dos protestos que tomaram conta da cidade. As manifestações começaram cedo e foram se espalhando por várias regiões da cidade. Segundo o Centro de Operações da Prefeitura, foram registrados 50 km de lentidão por volta das 7h, 30 a mais que o considerado normal para o horário. Com as interdições, o Rio entrou em estágio de atenção às 6h20.
O estágio de atenção é o segundo nível em uma escala de três e significa que "um ou mais incidentes impactam, no mínimo, uma região, provocando reflexos relevantes na mobilidade", conforme explica o Centro de Operações.
Além de manifestações na avenida Brasil, na Ilha do Governador e nos aeroportos contra as reformas, também houve protesto na Mangueira, onde mãe e filha foram mortas por balas perdidas. Dois ônibus foram incendiados no local.
Às 18h, a cidade continuava em estágio de atenção.