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"Me senti humilhada", diz mulher que sofreu ataque racista de cliente na zona portuária do Rio

Advogados preparam processo para identificar e denunciar mulher que xingou Leide de Jesus Soares, de 30 anos

Rio de Janeiro|PH Rosa, do R7

Leide (de verde) foi xingada por cliente
Leide (de verde) foi xingada por cliente

Uma ambulante que trabalha na praça Mauá, zona portuária do Rio de Janeiro, foi vítima de um ataque racista na última quinta-feira (30). Leidiane de Jesus Soares, de 30 anos, estava atendendo no carrinho de lanches quando uma mulher, ainda não identificada, começou a fazer ofensas contra ela.

Em um vídeo que viralizou nas redes sociais (assista no final da matéria), a mulher grita para a trabalhadora que “nem teu cabelo vale mais que eu”. Logo depois, ela aparece agredindo um homem e depois empurrando uma outra mulher, que seria sua amiga.

Segundo Leidiane, a confusão começou quando a suspeita pegou dois bancos da vítima para sentar na barraca vizinha. Inicialmente, Leide não se importou, mas quando o número de clientes aumentou e a dona do quiosque pediu os bancos de volta, os ataques começaram.

“Começou a me xingar, falando que o corpo dela era lindo, que eu não valia nem o corpo dela, falando tudo que estava no vídeo. Depois ela veio, esticou meu cabelo, mas como eu estou operada, eu não tinha como reagir. Minha funcionária e outra menina se colocaram na minha frente porque eu passei por uma cirurgia há vinte dias.”


Leide, como é conhecida, disse que se sentiu humilhada com a situação, mas que, na hora em que a mulher gritava com ela, ainda não tinha assimilado o que estava acontecido.

“Eu sempre trato meus clientes bem, com sorriso no rosto, e naquele momento eu me senti muito frágil, muito triste mesmo, humilhada por uma pessoa de pele branca que se acha melhor do que uma pessoa de pele negra.”


Ao R7, o advogado de Leide, José Luiz de Oliveira Jr., informou que está montando uma representação contra a mulher que ainda não foi identificada. “Nós já temos uma foto e um nome para iniciar as investigações”, disse.

Leide diz esperar que a mulher seja identificada, para que haja uma punição.

“Eu creio que ela vai ser identificada e vai pagar pelo crime que ela cometeu.”

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