Ministério Público do Rio denuncia padre acusado de estuprar menor em Niterói
Pais da jovem também foram denunciados por tentarem extorquir o padre e ameaçá-lo de morte
Rio de Janeiro|Do R7

O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) denunciou o padre Emilson Soares Corrêa, de 52 anos, por abusar sexualmente de uma adolescente entre 2005 e 2006, quando a vítima tinha 13 anos, em Niterói, na região metropolitana. Os pais da jovem, Ubiratan Homsi e Nilcimar Pacheco Ribeiro, também foram denunciados por extorquirem e ameaçarem o padre, ao tomarem conhecimento do crime.
De acordo com a denúncia, Corrêa teria abusado da vítima dentro da Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, no bairro Cubango, no município. Em novembro de 2012, os pais da vítima teriam ameaçado divulgar um vídeo com cenas de sexo entre Corrêa e a filha deles. Em troca do silêncio, eles teriam exigido que o padre pagasse uma quantia em dinheiro e comprasse um imóvel para o casal, sob ameaça de morte. Os dois teriam alegado que Corrêa poderia ser morto por um ex-namorado da adolescente, conhecido como Gal, membro de facção criminosa e prestes a sair do sistema prisional.
Conheça o caso
No início do ano, o padre Emílson Soares Corrêa, de 52 anos, foi indiciado pelo crime de atentado violento ao pudor, sendo a violência presumida, em razão da idade da ofendida. De acordo com a delegada Martha Dominguez, o padre negou as acusações de abuso sexual contra uma menina de sete anos, mas admitiu que manteve relacionamento com a irmã dela, atualmente com 19 anos.
— Ele disse que passou a se relacionar com a jovem já era maior de idade, mas a menina nega. Batizada pelo padre aos 13, ela disse em depoimento que começou a se relacionar com ele aos 15 anos. Como já era maior de 14 anos e a relação foi consentida, não há crime.
Uma terceira menina, de 15 anos, foi filmada fazendo sexo com o padre. Pela idade dela e como a relação não aconteceu de forma violenta ou grave ameaça, também não está configurado crime.
Defesa diz que padre foi seduzido
O advogado Roberto Vitagliano, que defende o padre Emílson Soares Corrêa, de 52 anos, indiciado por abusar sexualmente de uma menina de sete anos, disse acreditar que o pároco foi seduzido pelas jovens com quem manteve relações sexuais, a quem classificou de bonitas e insinuantes.
— Eu acredito que ele tenha sido seduzido sim. Se você ver essas meninas na internet, elas são muito bonitas, muito insinuantes. A bíblia já diz que a carne é fraca e o padre é um ser humano.
Assista ao vídeo com a delegada responsável pelas investigações explicando o caso, no começo de 2013: