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MP cobra do Rio o retorno do Passe Livre Universitário em 15 dias 

Gratuidade foi suspensa no início da pandemia. Mesmo com volta das aulas presenciais, estudantes cariocas estão sem benefício

Rio de Janeiro|Rafaela Oliveira*, do R7

MP-RJ cobra da prefeitura o retorno do Passe Livre Universitário
MP-RJ cobra da prefeitura o retorno do Passe Livre Universitário

O Ministério Público do Rio de Janeiro entrou com uma ação, nesta terça-feira (7), para que a capital restabeleça o Bilhete Único Universitário no prazo de 15 dias. Mesmo com a volta das aulas presenciais, os estudantes cariocas seguem sem o benefício, suspenso desde o início da pandemia da Covid-19.

Por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Proteção à Educação da Capital, o MP ajuizou uma ação civil com pedido de tutela de urgência antecipada.

Têm direito ao Passe Livre universitários beneficiados pelo programa de cotas ou pelo programa Universidade para Todos, além daqueles com renda familiar per capita de até um salário mínimo. 

Na ação, a Promotoria de Justiça também busca acabar com a exigência de que o aluno tenha cursado todos os anos do ensino médio em escolas públicas ou que tenha sido bolsista integral no caso de ter estudado em escolas privadas, instituída em 2019. A determinação do MP-RJ afirma que essa restrição é ilegal, pois fere o critério da renda familiar previsto originalmente no decreto.


Ou seja, essa normativa impede que universitários não cotistas de baixa renda e não beneficiários do Prouni, que não tenham cursado o ensino médio em escolas públicas ou privadas com bolsa integral, recebam o benefício. Isso contraria os decretos municipais que visavam os alunos em situação de hipossuficiência financeira: Passe Livre Universitário de 2010 e alteração do decreto, em 2014.

Há menos de um ano, em 17 de dezembro de 2020, o Rio regulamentou o Passe Livre Universitário e ampliou os benefícios aos estudantes das universidades públicas (lei nº 6.833). "Assim, se antes a resolução de 2019 violava o disposto em decretos do Poder Executivo, a partir de dezembro de 2020 ela passou a também violar os termos da lei municipal de 2020", alegou o MP-RJ.


Ainda de acordo como o Ministério Público, após essas novas regras estabelecidas pela Prefeitura do Rio de Janeiro, várias notificações foram feitas a respeito do prejuízo causado aos estudantes.

A Procuradoria-Geral do município informou ao R7 que ainda não foi notificada.

*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa

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