MPRJ denuncia ex-marido e mais 2 suspeitos por morte de corretora
Karina Garofalo foi assassinada na frente do filho do casal. Segundo a denúncia, divisão de bens e disputa de guarda motivaram crime
Rio de Janeiro|Bruna Oliveira, do R7
O MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro), por meio do Grupo Especial de Combate a Homicídios de Mulheres (GECOHM), denunciou à Justiça, nesta quinta-feira (13), por participação na morte da corretora Karina Garofalo Pereira, o ex-marido da vítima e mais dois suspeitos.
Os promotores também pediram a conversão da prisão temporária dos suspeitos em prisão preventiva. O ex-marido de Katrina está foragido, já os outros dois estão presos no sistema penitenciário estadual.
O crime ocorreu no dia 15 de agosto, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, na frente do filho do casal.
Segundo o MPRJ, os três foram denunciados por homicídio qualificado e feminicídio com pena prevista de 12 a 30 anos de reclusão e aumento da pena até a metade pelo fato do crime ter sido cometido por razões de gênero.
Além disso, dois dos denunciados também foram enquadrados no artigo 14 da Lei nº 10.826/03, por portar ou ocultar arma de fogo sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar. A pena prevista para este crime é de dois a quatro anos de reclusão.
De acordo com a denúncia, o crime foi praticado por motivo torpe, já que o ex-marido de Karina arquitetou uma espécie de vingança contra a vítima em razão de disputas judiciais, que envolviam divisão de bens e questões relacionadas à guarda do filho.
O denunciado ainda teria ficado contrariado quando a ex-esposa ficou noiva e passou a morar com o novo companheiro.
O MPRJ indica, no documento encaminhado à 1ª Vara Criminal da Capital, que o crime foi praticado com recurso que impossibilitou a defesa da vítima, uma vez que ela foi atingida pelas costas. E que a ação foi praticada pelo fato de a corretora ser do sexo feminino, envolvendo violência doméstica e familiar, uma vez que o denunciado foi casado com a vítima por cerca de 15 anos, e a condição de ex-marido foi determinante para a prática do crime.
O R7 tentou contato por telefone com a defesa do ex-marido de Karina, mas não obteve resposta até o fechamento desta nota.