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Novos prefeitos do RJ herdam dívidas milionárias e devem decretar estado de calamidade pública e financeira

São Gonçalo, Mesquita, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Nilópolis e Itaguaí sofrem com problemas deixados pela gestão anterior

Rio de Janeiro|Do R7

Prefeitos encontraram serviço de coleta de lixo suspenso
Prefeitos encontraram serviço de coleta de lixo suspenso

A grave crise financeira do Estado do Rio de Janeiro se alastrou pelos municípios. Os novos prefeitos de ao menos seis cidades encontram uma situação crítica deixada pelas gestões anteriores. São Gonçalo, Mesquita e Nova Iguaçu decretaram estado de calamidade pública e financeira.

As principais queixas incluem dívidas milionárias, corte de energia elétrica, serviço de coleta de lixo suspenso e salários de servidores atrasados. Em Duque de Caxias, o prefeito Washington Reis (PMDB) encontrou R$ 13,09 no caixa da prefeitura e uma dívida de R$ 400 milhões. Os novos chefes do Executivo de Nilópolis e Itaguaí também enfrentam problemas na gestão dos municípios neste início de 2017.

Nilópolis

O prefeito Farid Abrão David (PTB) encontrou o prédio da Prefeitura sem luz. Por falta de pagamento, a energia foi cortada. Imagens gravadas pelo nova equipe do Executivo mostram o prédio alagado em vários pontos e sem água nas torneiras. Internet e telefone também foram cortados. Encontraram ainda móveis e equipamentos empilhados e destruídos.


O novo prefeito herdou uma dívida de R$ 500 mil reais com a concessionária de energia, um débito de R$ 70 milhões da previdência,além dos salários de novembro e do 13º dos servidores que estão atrasados. Computadores e ar-condicionados comprados com dinheiro dos cofres públicos teriam desaparecido, segundo informou a nova administração. Abrão deve decretar estado de calamidade pública e financeira.

São Gonçalo


José Luiz Nanci (PPS) também assumiu a Prefeitura de São Gonçalo sem luz. Contudo, o novo prefeito conseguiu negociar com a concessionária para religar a energia elétrica. A dívida com a empresa já chega a R$ 35 milhões. O chefe do Executivo também herdou uma dívida de R$ 35 milhões com a empresa responsável pelo recolhimento de lixo na cidade, que interrompeu o serviço por falta de pagamento. Servidores do município também estão com os salários atrasados.

Nova Iguaçu


Rogério Lisboa (PR) encontrou situação parecida em Nova Iguaçu. Os servidores estão com o salário de novembro e o 13º atrasados. Ele também pretende devolver a administração do Hospital Geral da Posse para o governo federal e cancelar o aluguel de imóveis na cidade. A prefeitura gasta cerca de R$ 6 milhões por ano com prédios alugados.

Mesquita

O prefeito Jorge Miranda (PSDB) encontrou uma situação crítica no município da região metropolitana. A prefeitura estava sem internet e impressoras. As ruas da cidade estão tomadas pelo lixo. Moradores reclamam do abandono da gestão anterior e dos riscos de doenças. A nova administração criou uma força tarefa para limpar a cidade em até 15 dias, mas ainda não sabe quando vai pagar os servidores do município, que estão com os salários de novembro atrasados. Moradores também denunciam que ambulâncias novas e outros veículos públicos estão parados e danificados por falta de uso.

Duque de Caxias

Washington Reis (PMDB) assumiu a gestão de Duque de Caxias, cidade de maior arrecadação da Baixada Fluminense, em meio a um caos financeiro deixado pela administração anterior. O novo prefeito encontrou R$ 13,09 no caixa da prefeitura e uma dívida que já chega da R$ 400 milhões. Apesar do rombo, Reis se comprometeu a pagar os salários atrasados dos servidores.

Itaguaí

O novo chefe do Executivo de Itaguaí, Charlinho (PMDB), encontrou o mesmo quadro no município: os funcionários públicos estão com os salários atrasados por pelo menos três meses.

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