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Chuvas fortes no Rio de Janeiro já deixaram pelo menos 10 mortos e rastro de destruição

Temporais começaram no sábado (13) e chegaram ao registro histórico 40% superior ao previsto para o mês inteiro

Rio de Janeiro|Do R7, em Brasília

Bairros da Zona Norte ficaram embaixo d'água
Bairros da Zona Norte ficaram embaixo d'água Fausto Maia/Estadão Conteúdo - 14.1.2024

O número de pessoas mortas em decorrência das fortes chuvas que atingem a cidade do Rio de Janeiro desde esse sábado (13) é de pelo menos dez, segundo o Estadão. Os temporais atingem especialmente regiões da Zona Norte da capital fluminense. 

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), montou um gabinete de crise na Pavuna, um dos bairros mais castigados pelas chuvas, que tiveram início da tarde de sábado (13).

A prefeitura determinou que oito locais na Zona Norte fossem transformados em pontos de assistência aos moradores afetados. O acesso de veículos à avenida Brasil, uma das principais da cidade, foi totalmente liberado no fim da manhã deste domingo (14) após alagamento, informou o Centro de Operações do Rio (COR).

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Apesar da liberação das pistas, a Prefeitura do Rio reitera o pedido para a população evitar se deslocar pela cidade. A capital fluminense permanece em estágio 4 — o penúltimo nível de uma escala que vai até 5 —, e a situação ainda é de grande perigo. “Mantenha-se em local seguro”, escreve o centro.


Entenda

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A estação meteorológica de Anchieta atingiu o acumulado de 259,2 milímetros de chuva em 24 horas, o recorde em toda a série histórica do Sistema Alerta Rio (desde 1997) naquela estação meteorológica. O acumulado foi aproximadamente 40% maior do que a média histórica de janeiro na área — em apenas um dia choveu 138,4% da média de janeiro.

Pelas redes sociais, o governador do estado, Cláudio Castro (PL), lamentou as perdas. De férias, Castro escreveu que “coordena as secretarias” e “segue em contato com as prefeituras”. 

Em nota enviada no fim da tarde deste domingo (14), o Governo do Rio de Janeiro disse que "só o Corpo de Bombeiros, nas últimas 24 horas, já atendeu mais de 200 ocorrências em todo o território fluminense, relacionadas a salvamentos de pessoas, alagamentos, cortes de árvores e deslizamentos".

Conforme a gestão estadual, uma mulher teria desaparecido após a queda de um veículo no rio Botas, na altura da Rua Doze, no bairro Andrade Araújo, na noite de sábado (13). "Os agentes da Defesa Civil Estadual estão em contato permanente com as prefeituras, prontos para dar suporte caso as ocorrências extrapolem a capacidade de resposta da gestão municipal."

Ainda em nota, o governo diz que trabalha para minimizar os danos causados pelas chuvas e pede apoio à União para realizar obras emergenciais de grande porte, como o Rio Botas, que corta os municípios de Belford Roxo e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e o Rio Pavuna.

Fortes chuvas registradas neste fim de semana provocaram diversos pontos de alagamentos na Zona Norte do Rio de Janeiro e em municípios da região metropolitana. Na capital, os alagamentos chegaram a interditar o trânsito em um trecho da Avenida Brasil. A chuva também fechou estações de trem e metrô.

Pelas redes sociais, o prefeito Eduardo Paes compartilhou que o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, na Zona Norte, ficou sem energia elétrica. As chuvas inundaram o subsolo da unidade de saúde.

Outro impacto foi a suspensão de concursos públicos. A Prefeitura do Rio anunciou que as provas dos processos seletivos Acadêmico Bolsista e Projeto Acolher, que aconteceriam neste domingo (14), foram adiadas devido às chuvas. Novas datas devem ser divulgadas em breve.

O COR disse que, segundo a concessionária Supervia, a estação de trem Osvaldo Cruz encontra-se fechada para embarque e desembarque em razão das fortes chuvas, que ocasionaram pontos de alagamentos nas linhas 1 e 2.

Também conforme o COR, as estações do metrô Pavuna, Engenheiro Rubens Paiva, Acari Fazenda Botafogo e Coelho Neto permanecem fechadas devido ao impacto das chuvas.

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