Operação investiga suspeitos de tentar matar Shanna Garcia
Shanna Garcia, filha do bicheiro Maninho, morto em 2004, foi baleada em frente a um shopping na zona oeste do Rio em outubro do ano passado
Rio de Janeiro|Do R7
O MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) e a Polícia Civil iniciaram na manhã desta terça-feira (16), a operação Sucessão, para investigar a tentativa de assassinato contra Shanna Garcia, além de apurarem as mortes de parentes dela.
Shanna Garcia, filha do bicheiro Maninho, foi baleada em frente a um shopping na zona oeste do Rio em outubro do ano passado.
A Justiça expediu 22 mandados de busca e apreensão contra suspeitos em 11 endereços ligados aos atendados.
Um dos alvos da investigação é o empresário Bernardo Bello, ex-cunhado de Shanna. Os agentes apreenderam na casa dele, dinheiro, celulares e HD´s.
De acordo com delegado Daniel Rosa, a ação prendeu um ex-policial militar e um ex-policial civil por porte ilegal de arma. Além disso, outro agente que fez parte da Polícia Civil também foi levado para depor, mas conseguiu comprovar a origem das armas dele.
Os agentes ainda recolheram na casa de Tamara Harouche Garcia Lopes, irmã gêmea de Shanna, "um material relevante encaminhado para perícia", segundo Daniel Rosa.
Segundo o MP-RJ, o inquérito busca ainda armas, munições, instrumentos, telefones celulares, computadores, notebooks, HD’s externos e pendrives, que serão analisados a fim de elucidar a tentativa de homicídio.
No ano passado, a filha do bicheiro disse acreditar que a herança deixada por Maninho, morto em 2004, poderia ser a motivação crime.
Ataques a família
Além da morte de Maninho e da tentativa de homicídio contra Shanna, a família da mulher já foi alvo de outros ataques.
O irmão de Shanna, Myro Garcia, foi baleado em 2004, mas sobreviveu. Entretanto, em 2017, o jovem foi sequestrado e, no momento do resgate, foi morto pelos suspeitos, em Vargem Pequena, na zona oeste do Rio. Acredita-se que a família de Myro tenha sido extorquida em R$ 100 mil pela liberdade do rapaz.
Em 2011, José Luiz de Barros Lopes, marido de Shanna, foi morto a tiros em um templo religioso, na Praça Seca, zona oeste da cidade. Policiais militares foram exonerados em 2014 por fazer a segurança particular de Zé Personal, como era conhecido. A vítima era suspeita de ter participação no esquema de caça-níqueis do Rio de Janeiro.
Assista ao vídeo: