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Orlando Curicica é denunciado por morte de colaborador de vereador

Carlos Alexandre Pereira Maria, que atuava no gabinete de Marcello Siciliano, foi morto em abril; três suspeitos de execução foram presos

Rio de Janeiro|PH Rosa, do R7

Orlando Curicica está preso em penitenciária federal
Orlando Curicica está preso em penitenciária federal

O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) denunciou o ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, pela morte de Carlos Alexandre Pereira Maria, que era colaborador do vereador Marcello Siciliano (PHS), em abril. Segundo a denúncia, ele e mais um suspeito são apontados como mandante do crime.

Na denúncia, o promotor Homero das Neves ressalta que Orlando Curicica "autorizou a prática do crime e, inclusive, orientou os coautores em relação a execução". O MP-RJ afirma ainda que os quatro suspeitos de assassinarem o auxiliar do vereador receberam do denunciado quantias de R$ 500 a R$ 1.250 para realizar o crime.

No documento, o MP-RJ pede a prisão preventiva do denunciado e sua condenação ao pagamento de indenização pelos danos materiais e morais causados aos familiares da vítima.

Carlos foi morto no dia 8 de abril, em um bar na região da Boiúna, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio. Ele atuava como líder comunitário e colaborador do gabinete do vereador Marcello Siciliano. Segundo o gabinete, sua função era coletar demandas dos moradores e repassar para a equipe do parlamentar para que eles pudessem acionar os órgãos responsáveis pelos problemas apontados.


No dia do crime, testemunhas disseram à PM que os assassinos chegaram ao local gritando “chega pra lá que a gente tem que calar a boca dele”. Três suspeitos de executar o crime foram presos segundo a DH (Divisão de Homicídios da Capital).

Defesa de Orlando da Curicica diz que polícia invadiu sítio


Ligado ao caso Marielle, Orlando da Curicica está preso por outra morte

Já Orlando foi preso em 2017 por posse ilegal de armas, crime pelo qual foi condenado este ano, e é investigado pela morte do presidente da Escola de Samba União do Parque Curicia, Wagner de Souza. O crime ocorreu em 2015, e segundo a Justiça, havia características de execução no local onde ele foi morto.


O ex-PM também é apontado por uma testemunha como envolvido na morte da vereadora Marielle Franco (PSol), em março passado. Por causa das investigações, que envolvem também o vereador Marcello Siciliano, a Justiça do Rio autorizou a transferência de Orlando para um presídio federal, que foi realizada no mês passado.

Defesa

O R7 entrou em contato com a defesa do suspeito que afirmou ainda não ter tido acesso ao inteiro teor da denúncia.

De acordo com o advogado Renato Darlan, a defesa já estava preparada para essa denúncia porque, ao receber a visita de um representante da Polícia Civil na cadeia, Orlando "foi pressionado a confessar a participação na morte de Marielle e, caso contrário, seria culpabilizá-lo por outros crimes".

Ainda segundo Darlan, o fato da denúncia apresentar dois mandantes do crime é uma clara intenção de responsabilizar Curicica. Ele afirma ainda que o cliente e o outro suspeito são inimigos declarados.

Caso Marielle

No próximo dia 3, o ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo vai participar de uma audiência por videoconferência com um PM que o acusa de estar envolvido na assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista, Anderson Gomes. A decisão foi do juiz Alexandre Abrahão, do 3º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro.

Orlando Curicica está preso na unidade federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

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