"Paty Bumbum" é condenada a sete anos prisão em regime semiaberto

A Justiça do Rio condenou Patrícia Silva dos Santos, conhecida como “Paty Bumbum”, a sete anos de prisão em regime semiaberto pelos crimes de lesão corporal grave e exercício de profissão sem autorização legal devido à realização de procedimentos estéticos ilegais. 

O juiz Aylton Cardoso Vasconcellos, da 2ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, aplicou a mesma sentença para a sócia de "Paty Bumbum", Valéria dos Santos Reis. Já o falso enfermeiro Josman Francisco da Silva foi absolvido.

Na decisão, o magistrado citou o caso de uma vítima, identificada como Rafaela, que sofreu com deformidades e outras sequelas após a dupla, que se apresentava como biomédica, ter aplicado silicone industrial nos glúteos da jovem, em 2016, pelo valor de R$ 3 mil. 

"Ocorre que, quando da realização do procedimento, era, de fato, injetado no corpo das pacientes silicone industrial, produto este que, por suas propriedades, não é destinado a tal finalidade, sendo nocivo à saúde e causando alteração permanente no corpo das vítimas, eis que não é absorvível como o hidrogel. Utilizando-se de tais métodos, os réus obtiveram vantagem econômica indevida em prejuízo de diversas vítimas, durante todo o período de atividade do grupo", escreveu o juiz.

“Paty Bumbum”foi presa em 2018, acusada de envolvimento na morte da modelo Mayara da Silva dos Santos, após procedimento ilegal.