Polícia ouve diretor de escola de samba sobre acidente com carro alegórico que matou menina
Outros funcionários terceirizados que trabalham para empresa de guindaste também prestaram depoimento nesta terça (26)
Rio de Janeiro|Do R7, com Fernanda Macedo, da Record TV Rio
A Polícia Civil ouviu, nesta terça-feira (26), o diretor de Carnaval da escola de samba Em Cima da Hora, Flávio Azevedo, que teve o carro alegórico envolvido no acidente que matou a menina Raquel Antunes Silva, de 11 anos.
Acompanhado de quatro seguranças e um advogado, Azevedo prestou depoimento à noite na 6ª DP (Cidade Nova), no centro do Rio. Na saída, ele disse à imprensa que esteve na unidade para esclarecer os fatos e colaborar com as investigações.
Mais cedo, três funcionários terceirizados da empresa responsável pelo guindaste, que conduzia o carro, também foram ouvidos. São eles o motorista, o guia e o coordenador de dispersão.
A delegada Maria Salgado Mallet, responsável pelo caso, também solicitou uma perícia complementar no carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora.
Até o momento, dez pessoas, incluindo a mãe da vítima, já foram ouvidas no inquérito sobre a morte de Raquel. O caso é investigado como homicídio culposo (sem intenção de matar).
A delegada disse que vai aguardar o laudo do exame cadavérico e da perícia realizada no local da morte para avaliar a possibilidade de intimar mais pessoas.
A investigação pretende esclarecer se o acidente aconteceu por imperícia, negligência ou imprudência.
Raquel não resistiu após quase dois dias internada no Hospital Souza Aguiar na sexta (22). Ela ficou gravemente ferida e teve uma perna amputada depois de ter sido prensada pelo carro alegórico contra um poste, na quarta (20), durante a dispersão do primeiro dia de desfiles do Carnaval do Rio.