Abalada, mãe presta depoimento sobre morte de menina prensada por carro alegórico no Rio
Também esteve na delegacia, nesta segunda (25), o advogado da escola de samba Em Cima da Hora
Rio de Janeiro|Do R7, com Fernanda Macedo, da Record TV Rio
A mãe da menina Raquel, que morreu prensada por um carro alegórico, prestou depoimento sobre o acidente da filha na 6ª DP (Cidade Nova), no centro do Rio, nesta segunda-feira (25). Muito abalada, Marcela Portelinha chegou amparada por familiares e não conversou com a imprensa.
Também esteve na delegacia, hoje, o advogado da escola de samba Em Cima da Hora, Douglas Almeida. Ele ficou cerca de uma hora na unidade e disse que a agremiação vai colaborar com as investigações.
Outras testemunhas também foram ouvidas pela polícia na semana passada. Segundo a investigação, algumas relataram ter percebido o perigo iminente no momento do acidente. Agora, as versões serão comparadas com as imagens de câmera de segurança recolhidas no local.
Nesta terça-feira (26), outras duas pessoas são esperadas para prestar depoimento sobre o caso investigado como homicídio culposo (sem intenção de matar): o diretor de Carnaval da escola de samba Em Cima da Hora, Flávio Azevedo, e outro funcionário da empresa de guindastes que conduzia o carro alegórico.
O corpo da menina foi enterrado no Cemitério do Catumbi, no centro, na tarde do sábado (23). A criança não resistiu após ficar quase dois dias internada no Hospital Souza Aguiar em estado grave. Ela sofreu traumatismo no tórax e precisou amputar uma perna.
Em choque, a mãe de Raquel, que está grávida, passou mal na porta do hospital e desmaiou ao receber a notícia da morte da filha.
O acidente aconteceu no primeiro dia de desfiles das escolas de samba, na quarta-feira (20). Raquel subiu no carro alegórico no momento da dispersão na rua Frei Caneca. Quando o carro foi movimentado, a menina foi prensada contra um poste.
Muito abalada, uma amiga da família disse que Raquel foi à praça para passear com a mãe e que ela brincava quando houve o acidente.
"Raquel era uma criança. E, como toda criança, que sonha, que brinca, uma coleguinha a chamou para ver o carro. Quando a mãe foi ver, o acidente já tinha acontecido", afirmou.
Após o ocorrido, o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) declarou que houve violação das regras de segurança recomendadas aos organizadores do Carnaval. A Justiça determinou que os carros alegóricos sejam escoltados para evitar outros casos semelhantes.