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Polícia prende nos EUA maior fornecedor de fuzis para o Brasil

Frederik Barbieri foi capturado em ação integrada entre a Polícia Civil do Rio e agências federais americanas; suspeito não deverá ser extraditado

Rio de Janeiro|Bruna Oliveira, do R7

Barbieri foi preso em casa, na Flórida
Barbieri foi preso em casa, na Flórida

Considerado pela polícia do Rio o maior fornecedor de fuzis para o Brasil, Frederik Barbieri foi preso por agentes do Serviço de ICE (Imigração e Alfândegas dos Estados Unidos) na casa dele na Flórida, nos Estados Unidos, neste sábado (24). Com ele foram apreendidos 40 fuzis e outras armas. Barbieri era procurado pela polícia desde 2009. 

O delegado Fabrício Oliveira, titular da Desarme (Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos), que participou das investigações, afirmou que a prisão ocorreu a partir de uma ação conjunta entre a Polícia Civil do Rio e agências federais americanas. 

Em entrevista ao R7, Oliveira disse que os agentes brasileiros ficaram uma semana nos Estados Unidos para tocar informações com as autoridades daquele País. 

O delegado afirmou ainda que a organização criminosa foi totalmente desmantelada com a prisão de Barbieri.


— A prisão do Barbieri representa o fim de um esquema sofisticado de remessa de armas de guerra para o Rio. Esta prisão somente foi possível devido a uma força-tarefa entre a Polícia Civil do Rio de Janeiro e agências federais americanas. Nos próximos dias, teremos detalhes de todo arsenal que foi apreendido pela polícia dos Estados Unidos.

Barbieri é apontado pela Polícia Civil como o responsável por enviar 60 fuzis, em maio de 2017, de Miami para o Rio. As armas foram interceptadas no aeroporto do Galeão, na maior apreensão de armas da história


As armas - AK-47, G3 e AR-10 estavam escondidas em contêineres, em meio a uma carga de aquecedores para piscinas.

Um dos suspeitos de integrar a quadrilha, o traficante internacional de armas Victor Hugo Ferreira dos Santos foi preso meses depois na Região dos Lagos. 

Oliveira disse que Frederik Barbieri responde a outros processos por tráfico de armas no Brasil. No entanto, o delegado não acredita numa possível extradição do suspeito, já que ele é cidadão americano.

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