Policiais são suspeitos de torturar homem com esquizofrenia no Rio
Segundo denúncia, militares entraram na casa da vítima procurando traficantes do morro do Chapadão, na zona norte da cidade
Rio de Janeiro|Lucas Ferreira, do R7* com Record TV Rio
A família de um homem com esquizofrenia está denunciando a Polícia Militar do Rio de Janeiro por tortura, que teria acontecido na última sexta-feira (26), durante uma operação no morro do Chapadão, na zona norte da capital do Estado.
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De acordo com a denúncia, o rapaz, que mora com o irmão, estava sozinho quando policiais militares entraram a procura de traficantes em sua casa. Por conta da doença, segundo depoimento, a vítima não teria entendido a pergunta dos PMs.
Segundo a família do homem, os militares, do 41ºBPM (Irajá), foram responsáveis por agredí-lo com um fio de energia elétrica nas costas da vítima, além de revirar armários, camas e quebrar um muro de tijolos no terreno da casa.
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A delegada da 31ª DP (Ricardo de Albuquerque), Marcia Becker, declarou que o exame de corpo de delito feito neste tipo de ocorrência no IML (Instituto Médico Legla) não pode distinguir com que objeto a vítima teria sido agredida.
“O laudo apenas descreve as lesões e constata se existem lesões ou não, além, do nível delas. Nós não requisitamos ainda o que poderia ter causado aquela lesão ou tentar perguntar se poderia ser por um fio, por um cinto ou por algo do tipo”, contou Marcia em entrevista à Record TV Rio.
Os policiais militares envolvidos na operação já foram identificados e têm depoimentos marcados para a próxima segunda-feira (5). A família e a vítima também devem ir à delegacia para novos esclarecimentos nesta semana.
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Além da Polícia Civil, o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) também atua no caso. Em nota, o órgão confirmou o recebimento da denúncia e disse que a 2ª Promotoria de Justiça e a Auditoria Militar estão apurando os fatos.
Por meio de assessoria, a Polícia Militar apenas informou que a “Corregedoria da PM está ciente da denúncia e apura as circunstâncias do caso”.
Já em entrevista a Record Tv, o porta-voz da PM, Coronel Mauro Fliess, disse que a Corregedoria está empenhada em identificar os policiais possivelmente envolvidos no caso.
*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa