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"Política de segurança exige demonstração de força", diz Cláudio Castro após ação na Vila Cruzeiro

Operação das polícias Federal, Rodoviária Federal e Militar deixou ao menos 25 mortos na zona norte do Rio, na terça (24)

Rio de Janeiro|Victor Tozo, do R7*

Castro defendeu 2ª ação mais letal do RJ
Castro defendeu 2ª ação mais letal do RJ

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, defendeu, através das redes sociais nesta quarta-feira (25), a operação das polícias Federal, Rodoviária Federal e Militar, que deixou ao menos 25 mortos no Complexo da Penha, zona norte do Rio, realizada na terça (24). 

O governador afirmou que a comunidade se tornou um "hotel de luxo para chefes de facções criminosas de outros estados do Brasil".

Castro disse, em uma sequência de publicações, que não iria assistir, sem reagir, ao fortalecimento de criminosos.

"Política de segurança no Rio de Janeiro, infelizmente, exige do poder público demonstração de força e autoridade".


Ele comparou, ainda, a reação de especialistas em segurança após a ação de ontem com o episódio de ataque a um helicóptero particular alvejado por criminosos na semana passada.

"Na oportunidade, não vi nenhum especialista defender os cidadãos de bem! Não vi ninguém cobrar das polícias que é preciso tirar as armas dos criminosos, que precisamos enfrentar esses covardes", declarou Castro.


Mais cedo, o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), manifestou "preocupação com a notícia de mais uma operação policial com índice tão alto de letalidade", em conversa com o procurador de Justiça Luciano Mattos. A ação é 2ª ação mais letal da história.

Fachin é relator de uma ação que tramita no Supremo e para tratar de letalidade policial no Rio e já determinou que o governo do estado apresente um plano de redução da mortandade.


O Ministério Público Federal e o estadual abriram procedimentos investigativos para apurar a conduta dos policiais envolvidos na ação, solicitando informações sobre os agentes .

A incursão policial na Vila Cruzeiro tinha o objetivo, de acordo com a PM, de capturar chefes da maior facção criminosa do Rio, incluindo alguns que atuavam em outros estados. Três lideranças que comandavam ações no Pará são procuradas pela Polícia Federal.

Os agentes afirmaram que foram atacados por traficantes armados quando se preparavam para entrar na comunidade. Entre os mortos já identificados, está a cabeleireira Gabrielle da Cunha, atingida dentro de casa, na comunidade da Chatuba, que estava fora da área de operação, segundo a PM.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira

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