O bicheiro Rogério de Andrade e o filho dele, Gustavo de Andrade, tiveram as prisões preventivas mantidas durante a audiência de custódia nesta sexta-feira (5) após passarem a noite no presídio de Benfica, zona norte do Rio.
Os dois foram presos no imóvel da família em Itaipava, na região serrana, protegido por seguranças, durante uma ação do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) com a Polícia Federal na quinta (4).
Foragido da Justiça, Gustavo foi detido na chegada dos agentes. Inicialmente, o pai dele não havia sido preso em razão de uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que revogava o mandado de prisão contra ele.
No entanto, durante as buscas, o MP-RJ fez um novo pedido de prisão preventiva à Justiça, que foi aceita em razão de os agentes terem encontrado documentos que indicavam a continuidade de práticas criminosas e pagamento de propinas a delegacias.
A Corregedoria-Geral de Polícia Civil disse que aguarda comunicação oficial a respeito do caso para que possa tomar as medidas cabíveis.
Pai e filho foram alvos da Operação Calígula em maio deste ano. Eles são acusados de liderar uma organização criminosa que explora jogos de azar no território nacional.
Sobrinho do bicheiro Castor de Andrade, que morreu em 1997, Rogério de Andrade também foi acusado de ser o mandante da morte do ex-genro de Castor, Fernando Iggnácio, em 2020. A família Andrade é envolvida em conflitos por disputa de pontos de contravenção, segundo a polícia. Rogério de Andrante escapou de uma tentativa de assassinato em 2001. Nove anos depois, o filho de 17 anos morreu em um atentado à bomba.