Promotora diz esperar pena de 45 anos de prisão para ex-marido que matou juíza na frente das filhas
Vítima foi atacada quando entregava as crianças para passar o fim de ano com o pai. Crime foi gravado em vídeo por testemunha
Rio de Janeiro|Bruna Oliveira, do R7, com Adriana Oliveira, da Record TV Rio
O 3º Tribunal do Júri do Rio começa a julgar, nesta quinta-feira (10), Jozé Arronenzi, acusado de ter matado a facadas a ex-mulher, a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, na frente das filhas, às vésperas do Natal de 2020.
Antes da audiência, a promotora do caso, Carmen Carvalho, lembrou que o crime foi registrado em vídeo por uma testemunha e afirmou que acredita na condenação do réu com pena máxima.
"Provas claras, o crime foi filmado, uma covardia contra a mulher. É um homicídio com cinco qualificadoras: violência doméstica, porque ela era ex-mulher dele; por motivo torpe e meio cruel; sem chance de defesa; além de ter ocorrido na presença dos filhos menores. A expectativa é que a justiça seja feita e ele seja condenado a 45 anos de prisão. É o que ele merece pelos atos que cometeu."
Segundo a acusação, José matou a ex-mulher porque não aceitava o fim do relacionamento e também motivado pelas consequências financeiras da separação.
No dia 24 de dezembro, a juíza se encontrou com o ex-marido na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, para entregar as três filhas do casal, que passariam a data comemorativa com o pai.
Ao descer do carro, a vítima foi atacada a facadas pelo agressor, que não ouviu o apelo das filhas para que parasse.
Toda a ação foi gravada por um vídeo de celular feito por uma testemunha que estava no local. O homem foi preso em flagrante por guardas municipais.
O R7 não localizou a defesa do réu. O espaço está aberto para manifestação.