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Rede social tem guerras de opiniões sobre Toplessaço em Ipanema

Mais de 6.000 pessoas já confirmaram presença no protesto no dia 21 de dezembro

Rio de Janeiro|Do R7

Idealizadoras do evento posaram na praia
Idealizadoras do evento posaram na praia

Quase 6.000 pessoas já confirmaram presença pelo Facebook no evento "Toplessaço", marcado para o dia 21 de dezembro, em Ipanema, na zona sul do Rio, no primeiro dia do verão. As criadoras da iniciativa, Ana Rios e Bruna Oliveira, convocaram para o protesto com o seguinte argumento: “Só em uma cidade machista e violenta como a que vivemos o topless pode ser caso de polícia! Pelo fim da criminalizarão dos nossos corpos, das formas femininas”. No entanto, há muitas opiniões divergentes no Facebook sobre a proposta de as banhistas, em mutirão, tirarem a parte de cima do biquíni.

O internauta Carlão C. declarou na página do evento: “Mostrar o peito vai mudar o que neste lixo de País? Responda se for capaz”.

André F. acha que a criminalização do topless não representa machismo. “Eu acho (de acordo com meus conceitos internos - e não machistas) que o topless é uma questão cultural. Num País como o Brasil, esses tipos de protestos levam do nada ao lugar algum”.

Já Michel P. argumentou que exibir os seios pode estimular a violência sexual. “Realmente vejo muita mobilização pra acabar de uma vez por todas com a Família Brasileira. É movimento gay, é protesto das vadias, é liberação da maconha, é parada gay, é liberaçao do aborto, é casamento entre pessoas do mesmo sexo (...) Guardem isso [seios] pra mostrar pros seus maridos e namorados! (...) O número de abuso sexual é crescente no Brasil, imaginem mostrando os peitos em público!?”.


Respostas

A maioria dos participantes da discussão no Facebook, no entanto, defende a causa. Janaína R. disse: “Sabe qual é o problema aqui no Rio, que nenhuma manifestação é levada á sério. Hoje tem um bando de gente que não tem o que fazer sacaneando quem tem uma meta, um propósito. Se você é contra, (...) nem entra na parada pra ficar zombando, xingando e tal”.


Já Marcello D. atacou quem faz comentários machistas e irônicos: “90% dos posts nesse evento mostram como é limitada a racionalidade brasileira. Uma cultura onde a vítima de uma violência sexual é a culpada, onde o simples ato de mostrar o seio, necessariamente, envolve cunho sexual, e os homens e mulheres que estão comentando 'Vão lavar uma louça', 'Vai procurar uma cesta de roupa suja' e afins demonstram o nível de argumentação e desenvolvimento intelectual que temos nesse país”.

Eduardo M. afirmou que os opositores aumentam a força do evento: “Os comentários de alguns 'homens' aqui só reforçam a necessidade de manifestações como esta. Espero que as mulheres aqui presentes tomem as ‘argumentações’ desses seres de mente cauterizada como incentivo para protestar por seu direito ao corpo”.

O Toplessaço é ligado ao movimento Marcha das Vadias, que criou polêmica em julho quando ativistas fizeram topless durante um evento da Jornada Mundial da Juventude, na praia de Copacabana, zona sul do Rio. Na ocasião, manifestantes quebraram santas e foram reprimidos por católicos, que lotavam o local.

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