RJ: PMs envolvidos na morte de jovem são suspensos de suas funções
MP-RJ conseguiu decisão na Justiça na terça-feira (29); a medida deverá ser cumprida até que o inquérito policial que apura o caso seja concluído
Rio de Janeiro|Lucas França, do R7*
O MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) afirmou em nota que conseguiu na Justiça, na terça-feira (29), por meio do GAESP/MPRJ (Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública), uma medida cautelar que suspende do exercício de funções dos quatro policiais militares envolvidos na morte de Lucas de Azevedo Albino, 18 anos, no final do ano passado, em Costa Barros, na zona norte do Rio de Janeiro.
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De acordo com o MP-RJ, a medida deverá ser cumprida até que o inquérito policial que apura a morte seja concluído. Além disso, a Justiça determinou que a mãe do jovem, Laura Ramos de Azevedo, seja intimada com urgência a prestar depoimento sobre o caso, através da produção antecipada de prova, já que ela está em tratamento de doença grave.
Além da suspensão, os policiais também estão proibidos de ter contato com as testemunhas do caso e de portarem arma de fogo, enquanto durarem as investigações.
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O juiz Gustavo Gomes Kalil (4ª Vara Criminal), responsável pelo caso, marcou a primeira Audiência de Instrução e Julgamento do caso para o dia 25/02.
O TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro) afirmou que o caso ainda está em processo de apuração. No site do TJ-RJ, consta como “processo em fase de inquérito”.
Em nota, a Secretaria de Estado de Polícia Militar disse que "aguarda a comunicação oficial requerendo o afastamento dos policiais e, assim que informada, irá cumprir a solicitação do Ministério Público".
Sobre o caso
O jovem Lucas de Azevedo Albino estava de moto com um amigo, no dia 30 de dezembro de 2018, em um posto de gasolina na avenida Martin Luteher King Jr., na zona norte do Rio de Janeiro. Eles foram alvos de tiros de uma patrulha da PM e Albino foi atingido, de acordo com laudo médico, por disparos no ombro e na cabeça, que o mataram. Segundo a mãe do rapaz, os acusados colocaram a vítima na viatura policial sem nenhum ferimento na cabeça, o que indicaria a versão de execução a caminho do hospital.
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*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira