RJ: Prisão de suspeito de matar americano é mantida; cubano alega ter sido agredido por policiais
Em audiência de custódia realizada neste domingo (21), o homem disse ter sido atingido por golpes no braço e no pescoço
Rio de Janeiro|Bernardo Pinho*, do R7
A Justiça do Rio de Janeiro manteve a prisão do cubano suspeito de assassinar o galerista americano Brent Sikkema a facadas no Jardim Botânico, na zona sul, no dia 14 de janeiro.
Em audiência de custódia realizada neste domingo (21), o homem afirmou ter sido agredido durante a prisão.
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Ele alegou ter sido atingido por golpes no braço e no pescoço, por policiais de Minas Gerais, e, por isso, vai passar por um novo exame de corpo de delito.
O suspeito foi encontrado em posto de combustíveis na BR-050, entre os municípios de Uberaba e Uberlândia, na última quinta-feira (18), após ter sido monitorado pela polícia.
No dia seguinte, ele foi levado para a Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, onde está sendo investigado.
O caso
Sócio de uma importante galeria de arte em Nova York, o americano Brent Sikkema, de 75 anos, foi morto a facadas dentro de sua residência no Jardim Botânico, na zona sul do Rio, no dia 14 de janeiro. O corpo da vítima foi encontrado na cama pela sua advogada na manhã seguinte.
Os investigadores chegaram até o cubano, principal suspeito de cometer o crime, a partir de análise de câmeras de segurança. De acordo com as investigações, ele monitorou o estrangeiro por 14 horas e esperou o melhor momento para invadir a casa de Sikkema.
O laudo pericial indicou que o americano foi ferido com 18 facadas, sendo os golpes concentrados nas regiões do rosto e do tórax.
Ainda segundo a polícia, o suspeito fugiu levando R$ 30 mil e US$ 30 mil, além de objetos de valor que estavam no imóvel.
Investigações
A polícia investiga uma possível ligação entre o criminoso e o companheiro da vítima, já que os dois são cubanos. O casal estava em processo de separação e brigava pela guarda do filho na Justiça.
Os investigadores foram informados por testemunhas que Brent Sikkema conhecia o assassino. Eles teriam se encontrado, em circunstância ainda não reveladas, em meados de 2023.
Até o momento, a Delegacia de Homicídios da Capital trabalha com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), mas nenhuma linha de investigação está descartada.
Sikkema morava nos Estados Unidos, mas viajava para o Rio ao menos três vezes por ano. Ele era dono do apartamento no Jardim Botânico havia 10 anos e pensava em se mudar para o Brasil.
* Sob supervisão de Bruna Oliveira