Shanna Garcia diz não confiar em parte da polícia: "2 laranjas podres"
Filha de bicheiro disse que, em casos anteriores, foi induzida a confirmar depoimentos já prontos na DH, delegacia que investiga o ataque contra ela
Rio de Janeiro|Lucas Ferreira e Raíza Chaves, do R7*
Shanna Harrouche Garcia Lopes, de 33 anos, afirmou na manhã desta quinta-feira (17) à imprensa que há “laranjas podres” na Polícia Civil, mas que não acredita que toda instituição seja corrupta. A declaração foi dada momentos antes de entrar na DH-Capital (Delegacia de Homicídios), Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, para prestar depoimento sobre o ataque que sofreu no último dia 8.
Segundo a filha do bicheiro Waldomiro Paes Garcia, conhecido como Maninho, as desconfianças partem de experiências anteriores na DH-Capital.
“Não quis generalizar a DH, não quis generalizar a Polícia Civil. Até porque acho que duas laranjas podres não quer dizer que todo mundo seja ruim. Vivi dois momentos aqui dentro em que alguma coisa estranha aconteceu.”
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Shanna ainda acrescentou que já foi induzida em outros depoimentos:
“Na verdade, tiveram dois casos meus aqui na delegacia [DH-Capital] que fui induzida. Cheguei e o depoimento já estava pronto. Tive que assinar, mas não levei cópia. Então, falo que tem gente comprada por causa disso.”
Inicialmente conduzidas pela 16ª DP (Barra da Tijuca), as investigações do ataque foram transferidas para a DH-Capital, pois a especializada já apura um inquérito sobre a morte do irmão de Shanna, Myro Garcia, assassinado após um sequestro, em 2017. Segundo a Polícia Civil, os casos podem ter relação.
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A filha de Maninho era aguardada na delegacia desde a última terça-feira (15), mas adiou o depoimento por duas vezes alegando motivos pessoais. A vítima prestou esclarecimentos primeiro ao MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), porque, segundo pessoas próximas à Shanna, ela não tinha plena confiança na DH-Capital.
Um grupo de policiais disse que prentede processar a vítima por calúnia e difamação devido às declarações dela. Procurada pelo R7, via e-mail, a Polícia Civil não se manifestou.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira