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Suspeito de chefiar facção, Capilé levava vida de luxo no Paraguai

Apontado como chefe de uma das mais importantes facções criminosas do Rio de Janeiro, Capilé foi expulso do país vizinho

Rio de Janeiro|Rayssa Motta, do R7*, com RecordTV

Suspeito foi preso na casa onde morava, em Assunção
Suspeito foi preso na casa onde morava, em Assunção

Apontado como um dos chefes da organização TCP (Terceiro Comando Puro), uma das mais importantes facções criminosas do Rio de Janeiro, Carlos Eduardo Sales Cardoso, o Capilé, foi preso no último sábado (15) em Assunção, no Paraguai. 

Segundo a polícia, o suspeito vivia há três anos no país vizinho negociando e acompanhando de perto os contratos para o envio de drogas e armas para o Brasil.

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O esquema internacional foi descoberto pelos investigadores brasileiros: os carregamentos seriam entregues em Acari, na zona norte do Rio de Janeiro. A comunidade funciona como interposto estratégico usado pelo TCP para distribuição de drogas para outras favelas cariocas.

Capilé passou mais de uma década no crime organizado antes de ser preso. Foram 14 anos comandando o comércio de armas e drogas em Acari. Mas, desde 2015, era monitorado pela polícia.


Vídeo: Traficante é preso em sítio de luxo avaliado em R$1,5 milhão

O trabalho de investigação e vigilância ocorreu em cinco estados brasileiros e em Assunção, na capital do Paraguai. Uma força-tarefa da Polícia Civil, Polícia Federal e Senad (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai) participou da operação para que terminou com a prisão do traficante. 


Capilé tinha uma coleção de relógios
Capilé tinha uma coleção de relógios

Ele foi detido em uma casa luxuosa de dois andares em um bairro de classe média de Assunção. 

“Ele esbanjava um alto padrão de vida, dirigia carros de luxo, possuía coleções de relógios bastante valiosas. No momento da captura dele, foram apreendidos cerca de U$$ 120 mil dentro da residência”, contou o titular da 39ª DP (Pavuna), Henrique Damasceno. 


Após a prisão, o traficante foi expulso do Paraguai. Da capital, ele foi escoltado de avião até a fronteira e entregue às autoridades brasileiras em Foz do Iguaçu, no Paraná. A mulher, os dois filhos menores de idade, o sogro e um amigo suspeito de ser o segurança do traficante estavam com ele no momento da prisão e também foram expulsos do país vizinho.

Na noite de domingo (16), Capilé desembarcou no aeroporto de Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro. De lá, o suspeito foi levado sob forte esquema policial para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho, zona norte da cidade. Por questões de segurança, a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) não informou o presídio pra onde o suspeito será transferido.

No Brasil, o suspeito tem mandados de prisão por crimes como tráfico de drogas e homicídio. Ele foi o segundo traficante carioca expulso do país vizinho em menos de um mês. No último dia 19, Marcelo Piloto, que estava preso em Assunção, também foi extraditado. Piloto foi condenado a 26 anos de prisão, por latrocínio e roubo, e atualmente cumpre pena no presídio Federal de Catanduvas, no Paraná.

Piloto se tornou suspeito de matar Lidia Meza Burgos, de 18 anos, dentro da cela onde cumpria pena no Paraguai. Lidia teria sido espancada e esfaqueada 16 vezes pelo traficante durante uma visita. As autoridades locais acreditam que o assassinato da jovem tenha sido uma "medida extrema" para barrar a extradição do traficante para o Brasil, já que todas os recursos judiciais foram esgotados sem sucesso.

*Estagiária do R7, sob supervisão de Leonardo Martins

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