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Transplantes de órgãos com HIV: Último foragido da operação contra laboratório é preso no Rio

O técnico Cléber Oliveira Santos, responsável por análises clínicas, foi detido no Aeroporto Internacional do Galeão

Rio de Janeiro|Do R7

Funcionários e sócios do PCS Lab são investigados Fernando Frazão/Agência Brasil

O último foragido da operação contra o laboratório PSC Lab Saleme foi preso na tarde desta quarta-feira (16). O técnico Cléber Oliveira Santos, responsável por fazer análises clínicas, foi detido no Aeroporto Internacional do Galeão, na zona norte do Rio de Janeiro.

De acordo com informações da RECORD, Cleber voltava de uma viagem para o Nordeste quando foi abordado por agentes da Polícia Civil. Ele será levado para a Decon (Delegacia do Consumidor), na Cidade da Polícia, para prestar depoimento.

Segundo o Conselho Regional de Biologia, Cleber não mais é biólogo porque o registro dele consta como cancelado junto ao CRBio-02 (Conselho Regional de Biologia 2ª Região).

Contratado por R$ 11 milhões para realizar exames do programa de transplantes na rede estadual, o laboratório privado é investigado pela polícia por falhas em testes de HIV que levaram à infecção de seis pacientes com o vírus.


Segundo as investigações, houve uma falha operacional no controle de qualidade aplicado nos testes do laboratório com o objetivo de diminuir os custos.

Sócio do laboratório e mais dois funcionários já estão presos

Na terça-feira (15), outra foragida se entregou à polícia. Jaqueline Iris de Assis é investigada porque o nome dela aparece na assinatura de laudos de exames, acompanhados do registro de biomédica de outra pessoa.


Durante a operação Verum, duas pessoas foram presas: Walter Vieira, um dos donos do laboratório, e o técnico Ivanilson Fernandes.

Walter é tio do ex-secretário de Saúde do Rio e atual deputado federal, Dr. Luizinho. O político negou ter participado da escolha do laboratório e disse que a contratação ocorreu quando ele já não era mais secretário.


O filho e a esposa de Walter também foram alvo de buscas e ouvidos pela polícia. Em seguida, os dois foram liberados.

A defesa de Walter e Mateus Vieira, sócios do PCS Lab Saleme, repudiou com veemência a suposta existência de um esquema criminoso para forjar laudos dentro do laboratório e afirmou que todos prestarão todos os esclarecimentos à Justiça. Além disso, ressaltou que a empresa atua no mercado há mais de 50 anos.

MP apura contratação do laboratório

O Ministério Público do Rio também abriu quatro investigações para apurar o caso. Uma delas analisa a contratação em caráter emergencial do PSC Lab Saleme.

Já a Secretaria Estadual de Saúde instaurou uma sindicância e alegou ter suspendido o contrato do laboratório, que foi interditado pela Vigilância Sanitária.

Além disso, os exames do programa de transplantes voltaram a ser realizados pelo HemoRio. O instituto também vai reavaliar as quase 300 amostras de doadores de órgãos analisadas pelo PSC Lab, entre dezembro de 2023 e setembro de 2024, com intuito de checar se outras falhas ocorreram.

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