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Vídeo que mostra morte de funkeira no Rio pode não servir de prova

Defesa afirma que vídeo foi obtido de forma ilegal e divulgado na internet

Rio de Janeiro|Do R7

Imagens mostram Amanda sendo agredida e morta pelo companheiro
Imagens mostram Amanda sendo agredida e morta pelo companheiro

O vídeo que mostra o assassinato da dançarina de funk Amanda Bueno, de 29 anos, pode não servir como prova contra o acusado pelo crime, Milton Severiano Vieira, de 32 anos, noivo da vítima. O vídeo já está em poder da polícia, mas, segundo o advogado que defende o acusado, Hugo Assumpção, as imagens foram obtidas de forma inapropriada e vazadas irregularmente na internet, o que desqualifica o material como prova no processo.

— O vídeo não vai poder ser usado, porque foi uma prova obtida de forma ilegal. Invadiram a casa dele e roubaram o vídeo antes que a polícia chegasse.

Assumpção afirma que a defesa fará em momento oportuno o pedido para que a Justiça desqualifique o vídeo como prova contra Vieira. As imagens são do sistema de segurança instalado na casa onde o casal morava, em Nova Iguaçu, cidade na Baixada Fluminense. O vídeo mostra Amanda sendo agredida e morta pelo companheiro, na tarde de quinta-feira (16).

"Miltinho da van" foi indiciado por feminicídio, assassinato cometido contra mulheres em razão do gênero ou em decorrência de violência doméstica. Ele deve ser transferido neste sábado (18) para a penitenciária de Bangu 10, no Complexo de Gericinó, na zona oeste do Rio.


Envolvimento com a mílicia

A polícia investiga se "Miltinho da van" faria parte de uma milícia na Baixada Fluminense e se estaria envolvido em outros homicídios. O suspeito, segundo o delegado Fábio Cardoso, também portava um grande número de armas.


— Uma pessoa que porta esse número grande de armas. É uma pessoa que obviamente está com intenção de matar, a qualquer momento, a qualquer preço e por qualquer motivo.

"Surtei"


Miltinho da Van assumiu a autoria do crime e afirmou ter surtado.

— Surtei mesmo... Briga de casal e acabei cometendo isso aí (...) Eu tinha bebido também. Não estava em sã consciência.

Assista ao vídeo:

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