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Vítimas de desabamento no Rio não vão à polícia por medo da milícia

16ª DP colocou agentes nas ruas para ouvir moradores e líderes comunitários da Muzema. Draco vai apurar atuação de organização criminosa na região

Rio de Janeiro|Bruna Oliveira, do R7, com Record TV Rio

Prédios desabaram na Muzema
Prédios desabaram na Muzema

As vítimas do desabamento na comunidade da Muzema, zona oeste do Rio de Janeiro, não procuraram a polícia para registrar ocorrência e prestar depoimento por medo de represálias do grupo de milícia que atua na região, segundo informações da Record TV.

A 16ª DP (Barra da Tijuca), que apura as causas do desmoronamento de dois prédios que deixou ao menos 11 mortos, confirmou que colocou os agentes nas ruas para identificar e ouvir vítimas e líderes comunitários.

Desabamento em Muzema: O que dizem investigações e moradores sobre a atuação das milícias na região

A investigação ainda tem o apoio da DRACO (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas). A especializada apura o envolvimento da milícia na exploração imobiliária daquela região e de comunidades do entorno.


Em janeiro, um major da Polícia Militar foi preso na operação Intocáveis, do Ministério Público e da Polícia Civil, por suspeita de grilagem e exploração imobiliária ilegal na área de Muzema e Rio das Pedras. Já um ex-capitão do Bope (Batalhão de Operações Especiais), denunciado na mesma ação, está foragido.

A Secretaria de Polícia Civil já encaminhou ofícios à Prefeitura do Rio e outros órgãos de fiscalização solicitando a identificação dos responsáveis pelas obras.


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"A 16ª DP apura se houve, por parte dos construtores, inobservância do dever de cuidado e descumprimento de normas afetas à construção", informou a assessoria de imprensa Polícia Civil por meio de nota oficial.

A prefeitura informou, na sexta-feira (12), dia do acidente, que as construções na área do desabamento são irregulares. O governo municipal divulgou ainda que trava uma batalha na Justiça para interditar e demolir os imóveis.

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