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Witzel ataca ex-secretário e diz que está tendo defesa cerceada

Governador do Rio de Janeiro foi afastado do cargo na sexta-feira (30) por decisão do STJ (Supremo Tribunal de Justiça)

Rio de Janeiro|Do R7

Witzel foi afastado do governo do Rio de Janeiro
Witzel foi afastado do governo do Rio de Janeiro

Em seu terceiro dia afastado do cargo de governador do Rio por decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Wilson Witzel (PSC) usou o Twitter neste domingo (30) para atacar o ex-secretário Edmar Santos, alegar que é inocente e dizer que está trabalhando em sua defesa - que, segundo ele, vem sendo "cerceada". O governador foi afastado por suspeitas de desvios na Saúde em plena pandemia do novo coronavírus.

"Estou sendo linchado politicamente por contrariar interesses poderosos. Não descansarei até demonstrar que fui enganado e provar minha inocência", escreveu. "Enquanto foram encontrados R$ 8,5 milhões em espécie com o delator, o ex-secretário Edmar, em minha casa nada foi achado, salvo contratos com notas fiscais emitidas. Ainda assim, o MPF resolveu considerá-los 'propina'."

Witzel é diagnosticado com infecção em hospital do Rio e liberado

O ex-secretário de Saúde, chamado por Witzel de canalha na sexta-feira, tem sido o principal alvo de seus ataques, junto com o presidente Jair Bolsonaro, acusado por ele de influenciar nas investigações por motivação política.


Em delação premiada, Edmar Santos fez diversas acusações contra Witzel e a linha sucessória do governo, composta pelo vice, Cláudio Castro, e pelo presidente da Alerj, André Ceciliano. Edmar chegou a ser preso a pedido do Ministério Público do Rio, mas, por solicitação da Procuradoria-Geral da República, foi solto e fechou o acordo de delação.

"Ainda nem deu tempo para a defesa provar que o único ato praticado por mim em relação à (organização social) Unir contrariou interesses espúrios do delator, mas já fui punido com o afastamento do cargo. Tão logo soube das irregularidades, afastei os envolvidos", continuou Witzel na sequência de tuítes.

"Não posso responder por atos de terceiros que tenham agido de má-fé. Jamais compactuei com os atos de corrupção patrocinados pelo ex-secretário Edmar. Ele traiu a todos nós e, pelas investigações, já vinha sendo corrupto desde 2016."

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