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Alunos são barrados em shopping de luxo por 'não estarem no padrão'

Funcionária afirmou que os 120 alunos de escolas públicas de Guaratinguetá não poderiam entrar porque era um espaço para 'pessoas de elite'

São Paulo|Ana Maria Guidi, do R7* com informações da RecordTV

Funcionária afirmou que os alunos não poderiam entrar no estabelecimento
Funcionária afirmou que os alunos não poderiam entrar no estabelecimento Funcionária afirmou que os alunos não poderiam entrar no estabelecimento

Um grupo de 120 alunos de 3 escolas públicas relatou um caso de indiscriminação durante uma visita a uma exposição ao Shopping JK Iguatemi, na Vila OIímpia, zona sul de São Paulo, na quarta-feira (20).

De acordo com informações da Record TV, os estudantes, entre 6 e 10 anos, saíram de Guaratinguetá, a 220 km da capital, no início da manhã, para visitar uma exposição. Ao chegar no local, uma funcionária teria dito que o shopping não poderia receber tanta gente e que ali era um espaço para pessoas "consideradas da elite" e que as crianças "não estavam nesse padrão".

Leia mais: Jovem negro relata ter sido agredido e impedido de entrar em shopping

Após o constrangimento, os alunos conseguiram entrar e ver a exposição.

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Em entrevista à Record TV, a diretora da escola, Jozeli Gonçalves, afirmou que ela e os estudantes se sentiram segregados. “Embora a funcionária tivesse dado várias explicações, nenhuma delas nos fez entender o empecilho de entrar no shopping”, disse.

Em nota, o shopping afirma que solicitou à direção da ONG, responsável pelo evento, que reforce o treinamento da equipe de recepcionistas da exposição.

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O estabelecimento disse ainda que não compactua com a atitude tomada pela colaboradora.

A ONG Orientavida, organizadora da amostra, por sua vez, afirmou que todos são bem-vindos na exposição e que a funcionária foi afastada.

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Outro caso

Há um mês, no dia 22 de fevereiro, outro shopping em São Paulo se envolveu em uma polêmica após pedir à Justiça autorização para que os seguranças pudessem apreender e encaminhar para a Polícia Militar ou ao Conselho Tutelar "crianças e adolescentes em situação de rua".

Além de ter o pedido negado pela Justiça, que afirmou que o shopping pediu "um salvo-conduto para efetivar no estabelecimento uma genuína higiene social", o estabelecimento foi alvo de protestos.

*Estagiária do R7, sob supervisão de Leonardo Martins

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