Após dia de greve, CPTM retoma atividades nesta quarta-feira (25)
Funcionários das linhas 11, 12 e 13 fizeram paralisação desde 0h até a noite de terça-feira (24). Dez grevistas foram demitidos
São Paulo|Do R7
Após uma terça-feira (24) marcada por greve de funcionários de três linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), a quarta-feira (25) começa com funcionamento normal do sistema de trens em São Paulo.
A paralisação, que afetou cerca de 930 mil usuários das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, foi encerrada ainda na noite de terça. A média de passageiros transportados por dia é de 653 mil na linha 11-Coral, 271 mil na linha 12-Safira e 14 mil na linha 13-Jade.
Dez funcionários grevistas foram demitidos pela STM (Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo). Segundo o titular da pasta estadual, Alexandre Baldy, as demissões foram realizadas como exemplo para os trabalhadores que aderiram à paralisação. Os funcionários foram escolhidos por incitarem a greve e prejudicarem os colegas que desejavam trabalhar normalmente.
Operação na greve
No dia de greve, a linha 11-Coral, teve operação parcial, com circulação de trens desde às 4h da manhã no trecho entre as estações Guaianases a Luz. O trecho entre estações Estudantes a Guaianases não funcionou. Nas linhas 12-Safira e 13-Jade, a adesão à greve foi total, contrariando decisão da Justiça do Trabalho. A determinação judicial era de manter 70% dos trabalhadores no horário de pico e 50% nos demais horários, sob pena de multa de R$ 100 mil diários.
As linhas 7-Rubi, 8-Diamante, 9-Esmeralda e 10-Turquesa funcionaram normalmente.
O que exigiam os grevistas
A greve dos ferroviários das linhas 11- Coral, 12-Safira e 13-Jade da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) começou a 0h de terça-feira (24) para reivindicar reajuste salarial referente às campanhas de 2020/21 e 2021/22.
A decisão foi tomada em assembléia do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil, que representa a categoria, por volta das 20h desta segunda-feira. A paralisação estava prevista desde o dia 4 de agosto.
O que alegou a CPTM
Por meio de nota, a a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) afirmou considerar "inadmissível" a decisão do sindicato, "prejudicando e punindo exclusivamente o cidadão que necessita do transporte público para ir ao trabalho, incluindo os que trabalham na linha de frente no combate à pandemia da covid-19."