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Após mortes em Campinas, pacientes evitam ressonância

Entre os que compareceram, muitos não permitiram a injeção do contraste

São Paulo|Do R7

Três pessoas morreram na segunda-feira (28) após realizarem exames de ressonância magnética no Hospital Vera Cruz em Campinas
Três pessoas morreram na segunda-feira (28) após realizarem exames de ressonância magnética no Hospital Vera Cruz em Campinas DENNY CESARE

As mortes de três pacientes, em Campinas, no interior de São Paulo, após terem se submetido a um exame de ressonância magnética, na segunda-feira (28) fez muitos pacientes que tinham exames de ressonância magnética agendados para a quarta-feira (30) não compareceram. A informação é do médico radiologista Conrado Cavalcanti, conselheiro técnico da Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica).

— O número de faltas aumentou muito em todos os serviços: desde hospitais como o Sírio-Libanês e o Albert Einstein, até clínicas pequenas no interior. Deixando de fazer o exame, os pacientes terão o diagnóstico atrasado.

Entre os que compareceram, muitos não permitiram a injeção do contraste, segundo Cavalcanti.

— Criou-se um ambiente de pânico e o grande prejudicado é o paciente. Nos casos em que o contraste é indicado, ele traz um grande benefício para o diagnóstico.


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Segundo as assessorias de imprensa do Einstein e do Sírio-Libanês, não foi registrado um número anormal de faltas.

Reação


Especialistas ressaltam que ainda não é possível ter ideia do que pode ter dado errado no caso dos três pacientes de Campinas. Para o médico radiologista Cláudio Campi de Castro, professor responsável pela disciplina de Diagnóstico por Imagem da Faculdade de Medicina do ABC, é importante saber a causa exata da morte dos pacientes e aguardar a análise dos produtos utilizados nos procedimentos.

— A hipótese de que o problema seja o contraste é muito pouco provável. Poderia até ter sido, mas se foram injetados contrastes de fabricantes diferentes, isso torna a situação pouco possível.

Ele acrescenta que qualquer medicamento aplicado na veia pode provocar reação alérgica e levar à morte. Mas a incidência do problema é muito pequena, "menos de um em um milhão".

Assista ao vídeo:

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