Anvisa ajuda investigação sobre mortes após ressonância
Principais suspeitas são de que pode ter havido problemas nos produtos utilizados no contraste
São Paulo|Do R7
Técnicos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), do Ministério da Saúde, chegaram nesta quarta-feira (30) a Campinas, no interior de São Paulo, para auxiliar nas investigações sobre as causas das mortes de três pacientes, após a realizarem exames de ressonância magnética na segunda-feira (28), no hospital Vera Cruz.
A equipe está no Centro Radiológico do hospital junto com a equipe multidisciplinar formada pela Secretaria Municipal de Saúde para apurar o caso. As principais suspeitas são de que pode ter havido problemas nos produtos utilizados no contraste. Por conta dessa suspeita, as Secretarias de Saúde do Estado e de Campinas interditaram os lotes de produtos utilizados nos exames de ressonância magnética das vitimas. São quatro marcas de soro e duas de gadolínio — produto usado no contraste (composto químico utilizado no exame para melhorar a qualidade das imagens e do diagnóstico).
As vítimas foram dois homens, de 36 e 39 anos, e uma mulher, de 25 anos. Eles tiveram parada cardiorrespiratória após fazerem o exame. Dois começaram a passar mal minutos depois do exame e um paciente chegou a deixar a unidade médica, mas retornou após sentir dores.
Pacientes morrem após exames de ressonância em hospital de Campinas
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Nesta quarta-feira, o Instituto Adolfo Lutz inicia as análises dos artigos médicos hospitalares e outros produtos farmacêuticos utilizados nos procedimentos de ressonância magnética. O Departamento de Vigilância em Saúde de Campinas informou que o serviço de ressonância do hospital vai ficar interditado até que se conclua a investigação.
A Secretaria de Saúde informou também que a partir desta quarta-feira os exames de ressonância magnética e tomografia computadorizada em Campinas estão liberados, desde que não sejam utilizados os produtos interditados. Na terça-feira (29) todo tipo de exame com uso de contraste foram suspensos.
A diretora da vigilância de Campinas, Brigina Kemp, informou que possíveis falhas nos equipamentos estão praticamente descartadas.
Produtos interditados
— Soro fisiológico 250 ml, fabricado por Eurofarma Laboratórios Ltda, lote 252731. Validade 08/2014.
— Soro fisiológico 500 ml, fabricado por Eurofarma Laboratórios Ltda, lote 249031. Validade 08/2014.
— Soro fisiológico 250 ml, fabricado por Eurofarma Laboratórios Ltda, lote 245825. Validade 07/2014.
— Soro fisiológico 10ml, laboratório Samtec. Lote: SOG Validade 02/2014.
— Soro fisiológico 10ml, laboratório Samtec. Lote: SSN Validade 05/2014.
— Soro fisiológico 10ml, laboratório Equiplex. Lote: 1230970 Validade 07/2014.
— Contraste Dotaren, laboratório Guebert. Lote: 12GD324C Validade 10/2015.
— Contraste Magnevistan, laboratório Bayer. Lote 11568D Validade 03/2015.
Assista ao vídeo:
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