Após pane elétrica, trens da Linha 9-Esmeralda funcionam por via única e atrapalham passageiros
ViaMobilidade tenta normalizar trecho entre as estações Morumbi e Villa Lobos, um dia após greve contra privatização
São Paulo|Augusta Ramos, da Agência Record
A linha 9-Esmeralda da CPTM voltou a apresentar problemas nesta quarta-feira (4), em São Paulo. Após a pane elétrica de terça (3), os trens viajavam nesta manhã em via única no trecho entre as estações Morumbi e Villa-Lobos, causando aglomeração entre os passageiros. Veja no vídeo acima.
Segundo a ViaMobilidade, equipes trabalhavam na manutenção do sistema elétrico da linha para retomar a operação em sua totalidade. A concessionária afirma que suspeita de vandalismo e pediu que a Polícia Civil investigue o caso.
A linha 9-Esmeralda chegou a ficar totalmente paralisada na tarde de terça. O problema teve início em meio à greve do Metrô, CPTM (Companhia Paulista de Trens e Transportes) e Sabesp contra a privatização.
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A operação Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) entrou em funcionamento para atender os passageiros no trajeto entre as estações afetadas pela pane.
Usuários da Linha 9-Esmeralda foram às redes sociais para reclamar da demora na manutenção dos trens. "Como sempre, linha 9 com problemas", escreveu Júlia Fernandes. "A linha 9 é perfeitamente o motivo pelo qual não se quer a privatização", opinou Cecília Medeiros.
Falha
Imagens obtidas pela Agência Record mostram alguns passageiros que precisaram descer do vagão de um trem na tarde desta terça-feira (3). Outro vídeo flagrou fumaça em uma composição que passava pela estação Vila Olímpia.
A falha ocorreu durante a greve de terça-feira, mas a linha 9-Esmeralda operou normalmente durante a manhã por ser administrada pela iniciativa privada.
greve
A paralisação de funcionários do Metrô, da CPTM e da Sabesp impactou 4,5 milhões de passageiros. As nove linhas afetadas voltaram a funcionar nesta quarta-feira (4), após os sindicalistas encerrarem a greve e retornarem ao trabalho.
A decisão foi tomada em assembleia, finalizada às 21h, após um dia em que a população enfrentou ônibus cheios e muito trânsito para se deslocar.
O governo de São Paulo classificou a greve como ilegal e abusiva, disse que ela é feita com objetivos políticos. "É absolutamente injustificável que um instrumento constitucional de defesa dos trabalhadores seja sequestrado por sindicatos para ataques políticos e ideológicos à atual gestão", declarou o governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em comunicado oficial.