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Após remessa do governo federal em outubro, postos de saúde de SP estão sem vacinas da Covid-19

Em 25 de novembro, a ministra da Saúde garantiu que o Brasil estava seguro quanto ao abastecimento de vacinas

São Paulo|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

Após remessa em outubro, pelo governo federal, postos de saúde de SP estão sem vacinas contra Covid-19
Postos de saúde de SP estão sem vacinas Paulo Pinto/Agência Brasil - Arquivo

De acordo com o site De Olho na Fila, administrado pela Prefeitura de São Paulo, até a manhã desta terça-feira (3), não havia vacinas contra a Covid-19 disponíveis nos postos de saúde da capital. A Prefeitura informou, por meio de nota, que a última remessa foi recebida em outubro deste ano, com 60 mil doses, e que, desde então, aguarda o envio de novas doses pelo Ministério da Saúde.

A Secretaria Municipal da Saúde explicou que o Programa Municipal de Imunizações (PMI) solicita semanalmente as doses necessárias aos Programas Estadual e Nacional de Imunizações, mas ainda não obteve uma resposta sobre novos repasses.

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Segundo levantamento realizado pelo De Olho na Fila, os postos de saúde em várias regiões da cidade, incluindo as zonas central, leste, norte, oeste e sul, estão sem vacinas contra a Covid-19. Além disso, algumas unidades não têm também a vacina contra a influenza.

Em nota o Ministério da Saúde explicou que não há desabastecimento de vacinas em São Paulo. Em 25 de outubro, o estado recebeu 233 mil doses de vacinas contra a Covid-19. “As doses começaram a ser aplicadas em novembro e, até 2 de dezembro, 102.172 vacinas foram aplicadas.”


Após remessa em outubro, pelo governo federal, postos de saúde de SP estão sem vacinas contra Covid-19
Postos de saúde de SP estão sem vacinas contra Covid-19 Reprodução/Print da Tela - De Olho na Fila

O ministério ainda explicou que estão previstas para a primeira quinzena de dezembro 8 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 que serão distribuídas aos estados, garantindo estoque suficiente para até seis meses. “A remessa faz parte do contrato de aquisição de 69 milhões de doses para os próximos dois anos. As entregas serão feitas de forma gradual, conforme a adesão da população, evitando compras em excesso e desperdício de doses”, alegou.

Em 25 de novembro, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que o Brasil estava seguro quanto ao abastecimento de vacinas do PNI (Programa Nacional de Imunizações), que distribui anualmente cerca de 300 milhões de doses para os 5.570 municípios brasileiros, em um processo logístico complexo, que varia conforme as características de cada estado.


Nísia também destacou as medidas adotadas para minimizar os efeitos da perda de vacinas herdadas da gestão anterior, como o remanejamento de doses para estados e municípios e a doação internacional de vacinas, o que, segundo a pasta, gerou uma economia de R$ 252 milhões.

Em 2024, a SMS informou que já foram aplicadas 1.115.994 doses da vacina contra a Covid-19 na capital paulista, priorizando o público definido pelo Ministério da Saúde.


Compra de vacinas pelo Ministério da Saúde

Em novembro deste ano, o Ministério da Saúde anunciou a aquisição de 69 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, que devem garantir proteção contra as formas graves da doença pelos próximos dois anos.

Das doses compradas, 57 milhões são do imunizante desenvolvido pelo Instituto Serum da Índia, com a Zalika Farmacêutica como representante no Brasil. Essa vacina, aprovada pela Anvisa em janeiro de 2024, é indicada para pessoas a partir dos 12 anos e requer duas doses para completar a imunização.

Além disso, o Ministério adquiriu 11,92 milhões de doses da Pfizer, também indicadas para crianças menores de 12 anos. A estratégia de entrega parcelada foi adotada para evitar desperdício e garantir maior eficiência na distribuição, com possibilidade de atualização das vacinas para versões mais modernas, caso sejam aprovadas pela Anvisa.

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