Associação notifica Enel e pede indenização por prejuízo a bares e restaurantes
Segundo a Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares de SP, o prejuízo soma mais de R$ 150 milhões
São Paulo|Do R7, em Brasília
A Fhoresp (Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo) informou que notificou oficialmente a Enel solicitando urgência no reestabelecimento da energia em estabelecimentos do setor, além de pedir ressarcimento aos empresários afetados pelo apagão. Segundo a associação, o prejuízo soma mais de R$ 150 milhões e 250 mil negócios foram afetados pela falta de energia.
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Desde a última sexta-feira (11), a região metropolitana de São Paulo enfrenta falta de energia após um temporal, que deixou cerca de 2,1 milhões de paulistanos sem luz e causou a morte de pelo menos sete pessoas. Nesta segunda-feira (14), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, deu três dias para Enel restabelecer “parte substancial” da energia em São Paulo.
No documento, copiado em ofício ao Procon-SP, a federação pede, ainda, pela criação de um canal permanente para o registro de reclamações e para ressarcir os prejuízos pela via administrativa. “Caso não seja atendida, a federação já colocou seu Departamento Jurídico à disposição de seus associados, para mediar processos individuais que requeiram indenização por parte da Enel e de outras concessionárias que atuam na capital, na região metropolitana e em cidades do interior”, diz o texto.
Além disso, notificação exige que a distribuidora esclareça as causas do não reestabelecimento da energia elétrica em alguns bairros e apresente uma previsão para o retorno da eletricidade.
Em relação ao ressarcimento, a Fhoresp cita perda de mercadorias, por ausência de refrigeração; e por equipamentos queimados, devido à oscilação de energia, como justificativa pela indenização.
“Calculamos um prejuízo de R$ 150 milhões, até o momento, pois falamos de sete períodos parados, entre almoços e jantares, de sexta-feira à noite para cá. Os maiores prejudicados são bares, restaurantes, pequenos hotéis e meios de hospedagem, que, além de não poderem funcionar no fim de semana do feriado, período de maior movimento, ainda estão sem energia e sem expectativa de volta do serviço. Um único dia perdido para um estabelecimento dessa natureza faz diferença no mês todo. As contas, os impostos e a folha de pagamento não cessam”, diz Edson Pinto, diretor-executivo da Fhoresp.