Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Atléticas de faculdades de medicina de SP são convocadas para depor em CPI por 'masturbação coletiva'

Representantes da UEE-SP, UNE e São Camilo já prestaram depoimento; CPI discute políticas que melhorem segurança de alunas

São Paulo|Letícia Assis, da Agência Record

CPI convoca atléticas de faculdades de medicina para depor sobre caso de 'masturbação coletiva'
CPI convoca atléticas de faculdades de medicina para depor sobre caso de 'masturbação coletiva'

Organizações atléticas de faculdades de medicina de São Paulo foram convocadas a prestar depoimento na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Violência e Assédio Sexual contra Mulheres, da Câmara Municipal.

O objetivo é discutir políticas que melhorem a segurança das alunas após o caso de "masturbação coletiva" que viralizou em setembro.

Foram convocados representantes das atléticas de medicina da Unisa (Universidade Santo Amaro), Centro Universitário São Camilo, Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e Santa Casa. Ainda não há data confirmada para a audiência, mas a previsão é que os depoimentos ocorram na segunda semana de novembro.

Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp


Compartilhe esta notícia no WhatsApp

Compartilhe esta notícia no Telegram


Outros depoimentos

Na terça-feira (24), estiveram presentes na CPI representantes da UEE-SP (União Estadual dos Estudantes de São Paulo) e da UNE (União Nacional dos Estudantes), além do reitor da São Camilo.

"Eu acho que o que está em discussão aqui são opressões estruturais, são violências estruturais, mas isso não exime nossa responsabilidade de criar políticas para lidar com essas violências", disse Bianca Borges, presidente da UEE-SP.


"O poder público tem um papel muito importante em realizar isso aqui, em especial no ambiente educacional, que deve ser um território livre, um ambiente seguro, para todos e para todas, para que nós possamos aprender e desenvolver ao máximo nosso potencial."

A vereadora doutora Sandra Tadeu (União Brasil), presidente da CPI, enfatizou a importância de entender o funcionamento das universidades e resslatou a necessidade de combater a violência e o assédio. A parlamentar disse que, mesmo diante de diversas políticas públicas, como a Lei Maria da Penha, ainda são observados casos de violência contra as mulheres, o que requer ação.

"A gente começa a aprender e a ver como estão funcionando essas universidades. Isso alerta que, com tanta coisa que a gente tem de políticas públicas, a Lei Maria da Penha, ao mesmo tempo vemos essas cenas que apareceram nas redes sociais, onde o pessoal arranca a roupa, de uma maneira ou de outra. Essas meninas estão sendo violentadas e importunadas, por mais que elas não percebam isso, e a gente tem que dar um basta", disse.

João Batista, reitor do Centro Universitário São Camilo, também compareceu à CPI para esclarecer a conduta dos alunos de medicina da instituição, que foram flagrados seminus em jogos universitários, em abril de 2023.

"Eu acho que esse assunto da violência nas instituições, os trotes, é de responsabilidade de toda a sociedade e também da universidade. Se a gente tiver a humildade e a grandeza de tratar desse assunto em conjunto, daremos uma resposta excelente para toda a sociedade e garantiremos maior segurança na nossa atividade educacional", salientou.

O caso

Um grupo de alunos foi filmado participando de uma "masturbação coletiva" durante um jogo de vôlei feminino válido pela Copa Calomed 2023, que foi sediado em São Carlos, no interior de São Paulo. O torneio aconteceu entre os dias 28 de abril e 1º de maio, mas as imagens só vieram à tona em setembro, e os vídeos viralizaram nas redes sociais.

Nas imagens, é possível ver vários homens correndo por uma quadra poliesportiva com as calças abaixadas e os órgãos genitais nas mãos.

Em outro vídeo, os alunos da Unisa aparecem na arquibancada de uma quadra masturbando-se juntos em uma partida contra a Universidade São Camilo.

Em nota, a São Camilo confirmou o episódio e repudiou os atos praticados na competição esportiva. A Unisa afirmou que as imagens "não são contemporâneas e não representam os princípios e valores" pregados pela organização. A atlética também diz que não tolera nem compactua com nenhum ato de abuso nem discriminatório.

Masturbação coletiva, golpe e até morte: relembre polêmicas envolvendo universitários

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.