Bares e restaurantes do estado de São Paulo voltaram a pedir o relaxamento das restrições de reabertura para o governador João Doria (PSDB) nesta quarta-feira (22). A Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo) afirma que mesmo após a retomada das atividades, no início deste mês, os estabelecimentos continuam amargando prejuízos com as restrições impostas pelos novos protocolos.Leia mais: SP: Por insegurança ou precaução, restaurantes adiam reabertura De acordo com o Plano São Paulo, nos municípios enquadrados na fase 3 da pandemia, este setor só pode voltar com 40% da capacidade e limite de 6h diárias de trabalho, com fechamento previsto até as 17h. Os estabelecimentos ainda não podem operar à noite. Por isso, muitos decidiram não abrir por medo de novos prejuízos, citando também a falta de financiamento. Em ofício enviado ao governador Doria, a associação pede por flexibilização do horário de 6h, que poderia então ser usado a noite, aumento da capacidade de 40% para 60%, e a liberação do uso das calçadas. Segundo a associação, Doria mostrou-se receptivo ao pedido e solicitou ao Secretário de Turismo de São Paulio, Vinicius Lummertz, que encaminhasse as reivindicações a um comitê do governo estadual que discute e acompanha a reabertura econômica.Leia mais: Com apelo ao governo, prefeitura de SP reabre bares e restaurantes “Nosso pedido ao João Dória é de que todos os protocolos sejam mantidos, mas que o horário de funcionamento dos estabelecimentos sejam até às 22h, sem fixar apenas 6h de trabalho. Essa mudança ajudaria a aumentar nosso faturamento para perto de 40% e diminuir as chances de falência. Estamos pensando em milhares de CNPJs e milhões de CLTs que não sobrevivem a mais uma semana da forma em que está”, afirma Humberto Munhoz, sócio da Turn The Table Brasil, holding que gerencia operações como O Pasquim Bar e Prosa e Vero! Coquetelaria e Cozinha, em São Paulo. Desde o mês de junho, quando o estado de São Paulo começou a retomada gradual, a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo) pede ao governo o relaxamento das regras. De acordo com a associação, a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus já fechou 50 mil estabelecimentos em definitivo em São Paulo, resultando em 300 mil demissões.