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Câmara aprova projeto de Covas para enxugar administração em SP

Caso sancionado, projeto vai extinguir oito autarquias, entidades e fundações que são administradas indiretamente pela prefeitura de São Paulo

São Paulo|Gabriel Croquer* e Márcio Neves, do R7

Proposta inicial sugeria extinção da fundação responsável pelo Theatro Municipal
Proposta inicial sugeria extinção da fundação responsável pelo Theatro Municipal Proposta inicial sugeria extinção da fundação responsável pelo Theatro Municipal

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (24) um projeto de lei que reestrutura a administração indireta municipal, com extinção de oito entidades, fundações e autarquias vinculadas à prefeitura. O projeto segue agora para a sanção do prefeito Bruno Covas, que enviou a proposta à Câmara dos Vereadores ainda em setembro do ano passado.

Leia mais: Câmara vai priorizar projeto para enxugamento da máquina pública

O PL 749/19 já passou em 1ª votação em fevereiro, e foi aprovada em 2ª votação hoje por 31 votos a 11, com duas abstensões. Com a aprovação, devem ser reduzidos de 22 para 14 o número de entidades como empresas, autarquias, fundações e serviços sociais autônomos. Com as modificações, a prefeitura espera diminuir o custo anual com os serviços em aproximadamente R$ 125 milhões por ano.

"Trata-se de um projeto que já vinha sendo debatido pela Câmara antes da pandemia, pois foi inclusive aprovado em primeira votação em fevereiro, no entanto, a crise atual reforçou ainda mais a necessidade de enxugamento da máquina, de eficiência nos gastos públicos, e é isso o que a reforma administrativa propicia", explicou o presidente da Câmara, Eduardo Tuma (PSDB).

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Serão extintas, gradualmente, entidades responsáveis pela gestão da Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana), Serviço funerário municipal (após concessão de seus serviços à iniciativa privada), AdeSampa, Autarquia Hospitalar Municipal, Fundação Paulistana, SPTuris e o Museu de Tecnologia de São Paulo. As estruturas das entidades serão absorvidas pela prefeitura e os funcionários remanejados.

O projeto aprovado também criou a Agência Paulistana de Desenvolvimento e Investimentos, a SP Investe, para a promoção do desenvolvimento econômico da cidade. Ela vai assumir responsabilidades da Agência São Paulo de Desenvolvimento e da São Paulo Negócios, que serão extintas.

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O projeto também cria a SP Regula, que vai ser responsável pela regulação e fiscalização dos setores das áreas que foram extintas. O órgão deve assumir as funções de regular e fiscalizar as concessões de iluminação pública, coleta de lixo e de serviços cemiteriais e funerários, por exemplo. Serão extintos o Serviço Funerário, Amlurb, ILUME e a LIMPURB.

Na discussão do projeto, o vereador Police Neto (PSC) defendeu a necessidade de uma reforma mais abrangente, que inclua outras empresas ligadas à prefeitura como a SPTrans, Prodam e CET.

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Outros vereadores criticaram o momento em que a proposta é discutida. "É um momento inoportuno de debater essa reforma administrativa. O governo teve tempo suficiente para apresentar essa reforma e não apresentou", disse o vereador Alfredinho (PT), que votou contra a proposta. O vereador Gianazi concordou "Nenhum parlamento do Brasil está votando projeto de reformulação administrativa. A gente deveria estar aqui votando ações, medidas, para garantir a vida das pessoas". 

Fábio Riva (PSDB) se mostrou favorável ao projeto, e pontuou que a extinção das entidades seriam absorvidas pelas secretarias responsáveis, com remanejamento dos funcionários no caso da SPTuris e economia de gastos públicos.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Ingrid Alfaya

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