Câmeras corporais de agentes da CET vão multar motoristas? Entenda a tecnologia
Prefeitura anunciou medida e disse que ao menos 141 funcionários de trânsito sofreram algum tipo de violência desde 2019
São Paulo|Do R7
As impactantes imagens de um motorista da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) cercado e ameaçado por motociclistas na zona leste de São Paulo, cerca de dois anos atrás, não representam um evento isolado na capital paulista: dados da prefeitura mostram que ao menos 141 funcionários de trânsito da cidade sofreram algum tipo de violência entre 2019 e 2022.
Foi por conta desses episódios que a prefeitura anunciou que os funcionários da companhia passaram a usar câmeras em seus uniformes, com tecnologia similar às bodycams dos policiais militares paulistas.
Até o momento, 700 câmeras foram adquiridas a um custo de R$ 12,9 milhões, em um contrato de 30 meses.
Diferentemente do caso dos PMs, no entanto, o intuito da medida é outro, segundo a gestão municipal: “trazer mais segurança e prevenção à violência aos funcionários durante o monitoramento das vias”.
Como assegurou o prefeito Ricardo Nunes (MDB), as câmeras corporais não serão usadas para aplicar multas contra a população. Saiba como funcionará a tecnologia:
— os agentes que levarão as câmeras em seus uniformes não apertarão o botão de filmagem assim que entrarem na viatura;
— a câmera ficará em modo de espera, e as imagens só serão captadas quando o funcionário julgar necessário acionar o botão;
— a partir disso, a gravação será arquivada no aparelho e descarregada em um computador no final do expediente de trabalho;
— um outro funcionário fará o login no computador e realizará o download das imagens, que irão para uma nuvem e serão arquivadas por três meses;
— se houver necessidade, o departamento jurídico da CET pode solicitar os arquivos para avaliar a prova material do processo específico.