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Cantareira teve em 2021 a maior redução de nível em sete anos

Represas perderam 11,3 pontos percentuais do volume operacional, mais que o dobro do verificado em 2020

São Paulo|Do R7

Represa Jaguari, do Sistema Cantareira, que sofre com a queda do nível de água
Represa Jaguari, do Sistema Cantareira, que sofre com a queda do nível de água Represa Jaguari, do Sistema Cantareira, que sofre com a queda do nível de água

O Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de mais de 7 milhões de pessoas na Grande São Paulo, registrou em 2021 sua maior queda nos últimos sete anos, segundo dados da Sabesp, a companhia de saneamento básico de São Paulo. Os números são consequência direta da queda do volume de chuvas e corroboram a preocupação de especialistas com o sistema, que já opera na faixa de restrição.

Segundo dados da Sabesp, a redução do volume operacional atingiu 11,3 pontos percentuais, caindo de 36,2% no último dia de 2020 para 24,9% no dia 31 de dezembro de 2021. A queda é maior que a verificada em nos últimos anos. Veja como variou o volume de água do Cantareira em cada um deles.

- 2020: redução de 4,2 pontos percentuais

- 2019: aumento de 0,9 ponto percentual

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- 2018: redução de 1,8 ponto percentual

- 2017: redução de 4,8 pontos percentuais

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- 2016: aumento de 45,8 pontos percentuais

- 2015: aumento de 22,3 pontos percentuais

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O resultado de 2021 só não é pior nos últimos anos em relação ao verificado em 2014, quando a queda foi de 49,3 pontos percentuais.

Em 2021, o sistema chegou a ficar 82 dias sem aumento de nível, entre o inverno e o começo da primeira. A chegada do verão animou as autoridades em relação à possibilidade de chuvas mais constantes darem um alívio ao sistema. Mas as represas do Cantareira, no entanto, tiveram o pior dezembro dos últimos quatro anos. A chuva registrada foi de 136,6 mm - 65,7% dos 207,6 mm esperados para o mês.

Sabesp

Apesar dos números desfavoráveis, a Sabesp afirma que não há risco de desabastecimento neste momento na região metropolitana de São Paulo, mas reforça a necessidade de uso consciente da água. "As projeções são de aumento no nível dos reservatórios em janeiro e fevereiro, meses com maiores médias históricas de chuvas", afirma a companhia.

O sistema Cantareira abastece especialmente regiões como a zona norte e Centro da capital, além de partes das zonas leste e oeste e cidades da Grande São Paulo. No entanto, são sete os manaciais que formam o sistema integrado que abastece a Grande São Paulo, sendo possível abastecer áreas diferentes com mais de um sistema produtor, conforme a necessidade.

A crise hídrica anterior, que ocorreu sobretudo entre 2013 e 2014, fez com que fossem realizadas obras de ampliação de capacidade e de interligação, de modo que represas que receberam mais chuvas puderam passar a enviar maior quantidade de água às que receberam menos chuva. Em 2016, por exemplo, isso ajudou o Cantareira a sofrer uma elevação de 45,8 pontos percentuais.

Veja como estava o nível dos reservatórios no último domingo (2): 

Cantareira: 25,3%

Alto Tietê: 40,9%

Guarapiranga: 61%

Cotia: 42,6%

Rio Grande: 85,7%

Rio Claro: 46,1%

São Lourenço: 82,1%

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