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Cascavel libera centro de eventos para velório de vítimas de voo da Voepass

Local estará aberto a partir desta segunda-feira; 22 das 62 pessoas que morreram no desastre são da cidade paranaense

São Paulo|Do R7, com informações do Estadão Conteúdo


Polícia científica trabalha na identificação dos corpos Paulo Pinto / Agência Brasil - 9.8.2024

A prefeitura de Cascavel (PR) liberou o centro de eventos da cidade para o velório das vítimas do acidente do voo da Voepass em Vinhedo, no interior de São Paulo. O local estará aberto, a partir desta segunda-feira (12). De acordo com a prefeitura, 22 das 62 pessoas que morreram são da cidade paranaense. A aeronave do voo 2283 caiu no bairro de Capela, na sexta-feira (9), por volta das 13h28. O avião da companhia Voepass, antiga Passaredo, saiu de Cascavel, no Paraná, às 11h58, e tinha como destino o Aeroporto Internacional de Guarulhos.

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O velório coletivo, por enquanto, está descartado. Isso porque dependerá da liberação dos corpos das vítimas, o que não deve ocorrer de uma só vez, devido ao processo de identificação. Os corpos das vítimas estão no Instituto Médico Legal (IML) Central de São Paulo, para identificação. Todos os corpos já foram retirados da aeronave, em um trabalho que se estendeu desde a sexta-feira (9) até o fim da tarde de sábado (10). Ainda de acordo com a prefeitura, o translado dos corpos ficará sob responsabilidade da Voepass ou outras empresas aéreas.

Cenipa encerrará na segunda-feira ação inicial da investigação

A Força Aérea Brasileira divulgou nota neste domingo (11) informando que os trabalhos da ação incial da investigação sobre a queda do avião em Vinhedo devem terminar na segunda-feira (12). O desastre matou na última sexta-feira (9) 62 pessoas sendo 58 passageiros e quatro tripulantes.

De acordo, com o comunicado, após a conclusão dessa fase, a investigação avançará para a análise de dados. “Neste estágio, serão examinadas as atividades relacionadas ao voo, ao ambiente operacional e aos fatores humanos, bem como um estudo pormenorizado de componentes, equipamentos, sistemas, infraestrutura, entre outros”, diz a nota.


A Força Aérea informou ainda que a retirada dos destroços do avião do local ficará a cargo da Voepass, empresa aérea que operava o voo. “Será de responsabilidade do explorador da aeronave providenciar e custear a higienização do local, dos bens e dos destroços de modo a evitar prejuízos à natureza, à segurança, à saúde, ou à propriedade de outrem ou da coletividade,” conclui o comunicado.

Avião é do mesmo fabricante do que caiu no Nepal em 2023

O avião que caiu em Vinhedo é fabricado pela Avions de Transport Régional (ATR), uma joint-venture formada pela Airbus e a Leonardo. Os aviões são considerados seguros e muito utilizados para voos regionais. Em janeiro de 2023, um turboélice da ATR semelhante ao do desastre em Vinhedo caiu no Nepal e matou 72 pessoas.


O modelo da Voepass que se acidentou é um ATR-72 500, fabricado em 2010. A ATR informa que aeronaves do tipo têm capacidade para 68 assentos. A velocidade máxima de cruzeiro é de 510 km/h.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o ATR-72 da Voepass “se encontrava em condição regular para operar com certificados de matrícula e de aeronavegabilidade válidos”. Ainda de acordo com a agência, os quatro tripulantes estavam devidamente licenciados e com as habilitações válidas.


Dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáutico (Cenipa) mostram que, nos últimos dez anos, aviões da ATR se envolveram em 456 incidentes e em cinco acidentes nos aeroportos do país.

Um incidente aéreo é “toda ocorrência associada à operação de uma aeronave em que haja intenção de realizar um voo, que não chegue a se caracterizar como um acidente, mas que afete ou que possa afetar a segurança da operação”, segundo definição do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).

Apesar do elevado número de incidentes, as aeronaves ATR são as que menos se envolveram em ocorrências no Brasil na última década. A lista é liderada por aviões da fabricante Airbus (1.102 ocorrências), seguidos dos da Boeing (946), Cessna (920), Embraer (880) e Neiva (551). Houve ainda 618 ocorrências com aeronaves de fabricantes não informados.

O banco de dados do Cenipa. contudo, não traz dados sobre o número total de voos realizados por cada tipo de aeronave no período. Assim, não é possível fazer uma relação de proporcionalidade.





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