Caso Joaquim: violência não causou a morte do menino, aponta laudo
Polícia terá semana decisiva para encaminhar investigações a um desfecho
São Paulo|Do R7, com SP no Ar
Agressões, como uma esganadura, ou afogamento foram descartados como possíveis causas da morte do menino Joaquim Ponte Marques, de três anos, há pouco mais de uma semana em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. É o que aponta um laudo parcial, divulgado pelo IML (Instituto Médico Legal) de Barretos, cidade onde o corpo da criança foi encontrado.
De acordo com o médico legista que examinou Joaquim, ele não possuía sinais de agressão pelo corpo. Além disso, não havia água em seus pulmões, o que indica que o menino já estava morto quando foi jogado em um riacho próximo à casa onde ele vivia com o padrasto, Guilherme Longo, de 28 anos, e com a mãe, Natália Ponte, de 29. Ambos estão presos.
Embora as informações não sejam uma novidade para o delegado Paulo Henrique Martins de Castro, responsável pelo caso, elas aumentam a suspeita de que Joaquim possa ter sido vítima de uma superdosagem de insulina, uma vez que ele era diabético e precisava de medicações diárias. Um laudo mais detalhado do sangue e vísceras está sendo produzido pelo IML da capital paulista e pode apontar a causa da morte em até 20 dias.
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Reconstituição, exames e acareação vão definir papel de mãe e padrasto na morte de Joaquim
Além de resultados de exames, a polícia conta com várias frentes de trabalho ao longo desta semana para definir os papéis de Longo e Natália no crime, uma vez que a participação de uma terceira pessoa no crime já foi descartada. O recebimento dos sigilos telefônicos dos telefones do casal ajudará os investigadores a descobrirem com quem o casal se comunicou nas horas anteriores e posteriores à morte de Joaquim.
Já a reconstituição do crime deve acontecer entre segunda (18) e terça-feira (19), na qual os policiais esperam pôr fim às inconsistências encontradas nos depoimentos do padrasto e da mãe de Joaquim. A acareação entre os dois, que deram versões distintas para a madrugada do crime, deve ser a última parte do trabalho policial, antes da conclusão do inquérito.
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Já a defesa de Longo espera receber ainda nesta semana uma resposta da Justiça sobre a solicitação de liberdade feita para o principal suspeito pela morte do menino.
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