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Risco de linchamento fez mãe de Joaquim ser transferida de cadeia

Natália Ponte estava recebendo ameaças em Ribeirão Preto e foi levada para Franca

São Paulo|Do R7, com Rede Record

Mãe da criança e o marido são os principais suspeitos de ter assassinado o garoto, encontrado morto no último dia 10
Mãe da criança e o marido são os principais suspeitos de ter assassinado o garoto, encontrado morto no último dia 10

A mãe do garoto Joaquim Ponte Marques — encontrado morto no último dia 10 no interior de SP —, a psicóloga Natália Mingoni Ponte, foi transferida de cadeia. Ela está presa temporariamente por 30 dias e é, junto com o padrasto do garoto, a principal suspeita do assassinato da criança. De acordo com Eduardo Bonfim, diretor do presídio de Franca, onde ela está detida, esse tipo de crime não é tolerado por outras detentas.

Inicialmente, a psicóloga estava em Ribeirão Preto, onde mora. A mudança do local de detenção, segundo Bonfim, ocorreu por segurança. Na unidade anterior, detentas ameaçavam bater na psicóloga e havia risco de linchamento. 

Para garantir a integridade física, Natália não sai nem para o banho de sol. O diretor afirmou que o comportamento da mãe é normal para uma pessoa nessas condições e que ela está se alimentando normalmente.

Depoimento 


O padrasto, Guilherme Longo, permanece preso em Barretos. Em um depoimento que durou cerca de cinco horas, ele negou a autoria do crime e reiterou que não tinha ciúmes da criança. O advogado dele, Antônio Carlos de Oliveira, falou da suposta autoaplicação de insulina que Longo teria feito na noite anterior ao desaparecimento do garoto.

Segundo Oliveira, Longo injetou 30 doses, o equivalente a 20 doses a mais do que um corpo humano suporta, pois passava por uma crise de abstinência. 


— Ele passou mal. Quase não conseguia enxergar quando chegou à cozinha. Mas, conseguiu melhorar comendo chocolate e tomando água com açúcar. 

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O padrasto é apontado como um dos principais suspeitos do crime, contudo, em depoimento, ele rebateu as acusações, de acordo com o advogado.

— Eu estava a todo tempo ao seu lado [no depoimento]. Ele não confessa autoria ou sequer participação no crime. Nem qualquer tipo de participação de sua esposa.

Oliveira disse que o cliente nunca teve ciúme da criança e que isso poderia ser confirmado pelos depoimentos do pai biológico, Arthur Paes, nos quais ele teria afirmado uma convivência normal. Questionada sobre as contradições entre os depoimentos de Guilherme Longo e da mãe da criança, a defesa afirmou que não houve informações desencontradas, e sim, falha no entendimento.

— Tudo o que foi dito pela Natália, ele confirmou. Ela não tinha conhecimento que ele teria aplicado as 30 doses de insulina nele mesmo.

Sobre as agressões que Natália teria afirmado que sofreu enquanto estava grávida do filho dos dois, Oliveira usou os depoimentos dos familiares do casal para defender a inocência do cliente, nos quais não constam afirmações de agressão ao Joaquim ou a ela.

O advogado ainda justificou uma fala do padrasto, que teria dito "maravilha" ao saber que o corpo do menino tinha sido encontrado. Oliveira argumentou que ele achou que o enteado estivesse vivo ao ser achado.

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