Caso Lucilene: saiba de quem é o corpo encontrado em Porto Ferreira
Era da dona de casa Morgana da Silva, de 52 anos, corpo encontrado na cidade do interior de SP. Ela sofria de alcoolismo e problemas de mobilidade
São Paulo|Do R7, com informações da Record TV
O desaparecimento da empresária Lucilene Maria Ferrari, de 48 anos, na cidade de Porto Ferreira, no interior de São Paulo, completa oito meses no dia 24 agosto. Havia a suspeita de que uma ossada encontrada em maio pudesse ser da vítima. Porém, cinco meses depois da descoberta, o laudo negou que o corpo seja da empresária.
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Os restos mortais encontrados são de uma mulher identificada como Morgana da Silva, de 52 anos. Agora, a delegacia de Porto Ferreira precisa desvendar dois crimes.
Morgana era dona de casa. Ela nasceu na cidade de Garça, também no interior de São Paulo. Aos 17 anos, deixou a família e foi morar com um namorado em Porto Ferreira. Do relacionamento, ela teve a primeira filha.
Com o passar do tempo, Morgana perdeu contato com a família. Passou dez anos sem dar notícias, até que suas irmãs a encontraram, desta vez, com um novo companheiro.
A hipótese do corpo ser de Lucilene foi descartada pela presença de duas próteses. Uma, na perna direita. Outra, no braço. De acordo com a família, as próteses foram resultado da violência de um dos ex-namorados. Outras complicações de saúde a deixaram bem debilitada. Ela andava devagar e não enxergava direito.
Morgana teve dois filhos com o último marido, com quem viveu por mais de 20 anos. Os dois foram tirados do casal pelo Conselho Tutelar em razão de brigas e por falta de cuidados. Morgana ainda tinha contato com o mais novo, que visitava diariamente.
Segundo a família, a dona de casa já havia prestado queixa na polícia contra o último marido. Brigas e ameaças faziam parte da rotina do casal, de acordo com parentes.O sumiço de Morgana foi registrado na polícia pelo próprio marido. O viúvo nega acusações de agressão à esposa. Diz que amava ela, pois era mãe de seus filhos e que cuidava dela quando Morgana tinha crises de alcoolismo.
No dia de seu desaparecimento, em 22 de março, Morgana saiu para ir ao cabeleireiro. Por conta dos problemas de mobilidade, vizinhos e familiares descartam a possibilidade dela ter caminhado até um local próximo de onde a ossada foi encontrada.
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A ossada de Morgana foi encontrada por um homem que operava uma retroescavadeira em um terreno às margens de uma rodovia. A área é a mesma que a polícia já havia vasculhado em busca de Lucilene, inclusive com a ajuda de cães farejadores. Mas, na época, o terreno muito alagado dificultou as buscas.
O local da operação não foi escolhido por acaso. O celular do principal suspeito do desaparecimento de Lucilene emitiu sinal naquela região na noite do sumiço e também uma semana depois.
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A defesa de Vanderlei Meneses, o principal suspeito do crime, acredita que Lucilene esteja viva e que não há provas contra ele. Vanderlei, que chegou a ser preso sob suspeita do crime, foi libertado no dia 28 de abril.
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