Caso Raíssa: laudo do IML indica que menina foi estuprada e torturada
Documento dá detalhes sobre a situação em que o corpo da menina de nove anos foi encontrado. Suspeito teria usado objetos diferentes para a tortura
São Paulo|Márcio Neves e Gabriel Croquer*, do R7
O laudo necroscópico do IML (Instituto Médico Legal), indica que Raíssa Eloá Caparelli, de nove anos, foi torturada e abusada sexualmente antes de ser morta por asfixia.
O documento ainda aponta que a garota teria sido sodomizada por ao menos dois objetos, descritos como "contundentes" pelo laudo da polícia científica. O exame também apontou a presença de sêmen na vítima. Ainda não é possível afirmar de quem seria este material genético.
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O laudo confirma outro documento do MP (Ministério Público) obtido pela Record TV que indica possibilidade do suspeito ter tentado "manter conjunção carnal", e praticado "ato libidionoso com Raíssa", que não teria oferecido resistência pela sua idade e por não ter discernimento do abuso.
O menor de 12 anos suspeito pelo crime está apreendido preventivamente na Fundação Casa.
O laudo necroscópico também demonstra que a garota não teria reagido às agressões. "Não foram encontradas lesões típicas de defesa", diz o documento.
O caso
Raíssa foi encontrada morta, perto de uma árvore no Parque Municipal Anhanguera, durante festa onde estudava, no CEU (Centro Educacional Unificado) Anhanguera, zona norte de São Paulo, no início da tarde do último domingo (29).
A menina havia participado de uma festa na escola, acompanhada da mãe e um irmão. Em determinado momento, a mãe saíu de onde a criança estava por alguns instantes para pegar pipoca e, quando voltou, a menina havia desaparecido.
Cerca de duas horas depois do desaparecimento, a menina foi encontrada por um adolescente pendurada em uma árvore na área restrita da escola. A criança estava com manchas de sangue no rosto e lesões no ombro. Próximo de onde ela estava, os guardas viram marcas de sangue no chão, além de um par de chinelo, um saco plástico e uma capa de tecido TNT.
Segundo a família, Raíssa era autista e não falava com estranhos. O caso é investigado pelo DHPP (Departamente de Homicídio e Proteção à Pessoa) da Polícia Civil.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Ana Vinhas